Desmatamento na Amazônia cresce 15% em junho

CNM

O desmatamento da Floresta Amazônica aumentou em 15% no mês de junho deste ano em comparação a 2009, alerta levantamento do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Após monitorar 75% da área total da floresta, por meio do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), o Imazon constatou a perda de 172 quilômetros quadrados de mata contra 150 km² no ano passado.

O estudo mostra ainda outro cenário negativo em relação à preservação da maior Floresta tropical do mundo. No período entre agosto de 2009 a junho de 2010, foram desmatados 1.333 km² de mata, 8% a mais em relação ao período anterior, quando foi registrada a perda de 1.234 km².

Em áreas de degradação, onde há maior intensidade de exploração de madeira e queimadas, as perdas alcançam um território de 402 km². Segundo o Instituto, o maior responsável por isso é o Pará, com 97% do total destruído. Em seguida está Mato Grosso e Rondônia, com 1% e Tocantins e Amazonas, com 0,5% cada.

Estados
Apenas em junho, dos 172 km² o Pará desmatou 67%. Logo atrás vêm o Amazonas, 13%; Mato Grosso, 10%; Rondônia, 8%; Acre, 1%; Roraima, 0,5% e Tocantins, 0,5%.

No total de meses analisados – agosto de 2009 a junho de 2010 – o Pará também ficou com a primeira colocação entre os Estados que possuem a Floresta e que mais desmataram. O gráfico fica assim: 47% para o Pará, 23% para o Mato Grosso, 11% para Rondônia e 11% para o Amazonas, que negativamente se igualou a Rondônia.

Juntos eles foram responsáveis por 92% do desmatamento na Amazônia Legal – área de nove Estados correspondente a 61% do território total brasileiro. Os 8% restantes de desmate foram registrados no Acre, em Roraima, no Amapá e em Tocantins.

Técnica
O estudo do Instituto abrangeu apenas 75% do espaço total Amazônico porque 25% - correspondente à área florestal de Roraima ao Amapá - estavam encobertos por nuvens, o que dificultou o trabalho de monitoramento.