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11/01/2008
Cosméticos aumentam renda em municípios da Caatinga
Agência CNM
Pelo menos 12 plantas medicinais da Caatinga estão sendo empregadas para a produção de fitocosméticos, como sabonetes, óleos e sais de banho, por mais de cem jovens de municípios pobres no interior do Rio Grande do Norte recém-formados no ensino médio.
Naturais de Tangará, Florânia, Lagoa de Velhos, Jardim de Angicos e Itajá, cinco cidades potiguares com renda per capita inferior a R$ 101, os jovens estão preparando os cosméticos com ervas nativas como a xanana, o cajueiro-roxo, o angico, a ameixa-vermelha, o melão-de-são-caetano e a aroeira.
Os adolescentes tiveram aulas de produção dos cosméticos ministradas por uma organização não-governamental (ONG) que tem apoio do projeto para a Caatinga do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), a Fitovida. A capacitação durou quatro meses e incluiu noções de botânica, ecologia, agronomia e cultivo de plantas medicinais, além de lições de como retirar as cascas das árvores sem danificá-las e técnicas de laboratório para aprender a extrair as essências das plantas.
Trata-se do primeiro módulo de um curso que deve durar oito meses e ainda está em fase de implantação. A ONG pretende levar o curso para mais nove municípios do Rio Grande do Norte e instalar ainda uma fábrica de fitocosméticos em Tangará.
Os cosméticos são vendidos em feiras de produtos naturais e geram em média um salário mínimo para cada jovem. São produzidas cerca de 300 unidades por mês, que são levadas a feiras e exposições. Um sabonete de aroeira custa R$ 3, em média, e enquanto um sabonete da planta vendido em uma loja de São Paulo tem 3% do extrato, os do projeto têm em média 10%.
A ONG prepara ainda, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, um plano de manejo para as espécies que dão origem a produtos fitocosméticos.
Com informações Envolverde e Pnud
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