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28/04/2016
CNM orienta Municípios para evitar doenças após mudança repentina de temperatura em várias cidades
As temperaturas caíram drasticamente em boa parte do Brasil nos últimos dias e surpreendeu os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro – Oeste. A mudança repentina, ocasionada por uma frente fria, transformou o cenário de várias cidades do País que até a semana passada vivenciavam clima de verão, mesmo em época de outono. Diante das alterações inesperadas nos termômetros, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) sugere algumas recomendações para evitar doenças decorrentes de baixas temperaturas.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as mudanças instantâneas no tempo ocorreram em razão do enfraquecimento do fenômeno natural El Niño. Com isso, foi permitida a abertura para passagem de uma frente fria fora de época que está provocando a queda acentuada da temperatura. A previsão é de que as baixas temperaturas continuem ao longo da semana, principalmente nas regiões sul e sudeste.
Com a chegada da massa de ar frio, alguns Municípios registraram queda nos termômetros de mais de 30º C. Em Blumenau, Santa Catarina, até a semana passada a população estava enfrentando um calor acima dos 35º C, com a sensação térmica ultrapassando os 40º C. Na quarta-feira, 27 de abril, os termômetros registraram 4º C.
Neve em Santa Catarina
No Município de São Joaquim, localizado na Serra de Santa Catarina, a pastagem ficou congelada. O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidro meteorologia do Estado (Epagri/Ciram) fez registros de neve na cidade. A temperatura chegou a -1ºC. Já em Urupema, também Município catarinense, a temperatura chegou a – 2º C, com a sensação térmica de -21ºC.
No Centro-oeste, os moradores estranharam o frio repentino. O mês de abril estava batendo recordes de calor na região em razão da ausência de chuvas. No sudeste, o frio tem sido intenso e obrigou os moradores a tirarem seus agasalhos do armário. Lá, as temperaturas caíram até os 9º C.
Recomendações CNM
Com as temperaturas baixas, a CNM elencou alguns cuidados simples para que possam ser disseminados pelos gestores no sentido de orientar a população a adotar alguns cuidados simples. O objetivo da entidade é evitar que doenças típicas oriundas de baixas temperaturas, como por exemplo, a gripe possam desencadear outras enfermidades mais sérias como a asma e até mesmo a H1N1
A recomendação da CNM é que ao chegar em ambientes fechados deve ser evitado o contato direto com pessoas que apresentam algum sintoma da gripe. A entidade sugere à população carregar sempre um frasco de álcool para higienizar as mãos. No caso de deslocamento até repartições públicas, a Confederação lembra que os cidadãos devem exigir a disponibilidade de álcool gel em repartições públicas e privadas.
A entidade também pede que a população use agasalhos ao sair na rua e ingerir bastante liquido. No caso de perceber os sintomas da gripe, procure imediatamente um médico. Quando estiver gripado, evitar o contato direto com crianças e idosos.
Ressaca do mar
De acordo com o Inmet, no Brasil, as ressacas são quase sempre causadas por frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste e com as baixas temperaturas. Esse cenário contribue para que os ventos fiquem mais intensos e podem provocar o aumento das ondas em mar aberto, que são impulsionadas por correntes marítimas. Nessa situação, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral.
Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar avenidas e danificar construções. O litoral do Estado de São Paulo está enfrentando vários problemas nesse sentido.
Na última quarta-feira, 27 de abril, o mar agitado em Santos provocou a interrupção dos serviços de balsas e paralisou um trecho da avenida da orla santista por mais de 10 horas. A defesa Civil do estado recomendou que os banhistas evitem entrar no mar nesses dias de ressaca. Todos os decretos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira, 22 de abril. A CNM acompanha a situação dos Municípios afetados por desastres.
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