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19/10/2022

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CNM lança diagnóstico inédito sobre simplificação do licenciamento de antenas 5G nos Municípios

5g materiaO primeiro levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta os desafios para os Municípios no que diz respeito à atualização das legislações locais e simplificação dos procedimentos de licenciamento local para a instalação de antenas de telefonia e internet 5G e ampliação da cobertura 4G, na medida em que o cronograma de ativação da rede 5G for avançando para cidades médias e pequenas, de 2023 até 2029.

De um lado o avanço da nova tecnologia 5G, a ampliação da cobertura 4G e as oportunidades de negócios e promoção de serviços públicos. De outro, a falta de oferta da internet em muitas localidades e a má qualidade dos serviços prestados. Esse cenário marca as realidades do país.

A Lei Geral das Antenas (Lei 13.116/2017) estabelece os procedimentos de instalação de infraestrutura de redes – como antenas de telefonia e internet para melhorar a oferta e serviços de telecomunicações, os Municípios têm um enorme protagonismo, uma vez que são responsáveis pelas normas urbanísticas para a instalação do equipamento.

A pesquisa da CNM identificou que, até agosto, pouco mais de 111 Municípios estavam com as legislações atualizadas. Dados mais recentes apontam que mais de 200 Municípios, em especial capitais e cidades médias, estão com as legislações atualizadas. E atualmente, 222 Municípios estão com atualização das leis de antenas em andamento, inclusive capitais. Vale destacar que os Municípios que editaram a norma ou estão atualizando, estão localizados predominantemente nas regiões Sudeste e Sul do país e de maneira mais pulverizada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Ausência de normas locais
Um dos principais desafios identificados na pesquisa é a ausência de uma regra local para disciplinar a instalação de antenas de telefonia e internet: 40,5% dos Municípios não possuem normas específicas para a instalação de antenas de telefonia e internet. Para a entidade, este é um indicador inédito no país e relevante para endereçar iniciativas aos agentes governamentais e privados dos desafios locais na revisão da atualização das normas, uma vez que esses Municípios vão editar pela primeira vez uma norma específica para antenas.

Falta de cadastros digitais e integrados
Quando o assunto é procedimentos e fluxos para a integração do licenciamento local, para atos de simplificação, autolicenciamento ou dispensa de licenciamento em uma perspectiva de tornar a atividade licenciadora ágil, eficiente e integrada em estruturas de balcão único, a pesquisa revela que é uma realidade ainda não presente no país: 60% dos Municípios respondentes não possuem sistemas informatizados de licenciamento, ou seja, o licenciamento ainda é feito no papel; e 72% das localidades não possuem estruturas integradas para o licenciamento.

Principais dificuldades locais
Na liderança dos desafios comuns que marcam o cotidiano das administrações municipais na edição de normas e integração dos serviços de licenciamento, 64% dos gestores apontaram a falta de corpo técnico para realizar as adequações das normas locais e dos procedimentos de licenciamento. Da segunda até a quarta posição, a gestão municipal evidenciou a fragilidade ou mesmo a escassez de recursos para a modernização da gestão, nas escalas: estadual, federal e local.

Para a CNM, os desafios listados pelas prefeituras apresentaram interface direta com a gestão e capacidades administrativas e institucionais dos Municípios e evidenciam a necessidade de programas mais robustos na esfera estadual e federal, programas de capacitação de gestão, administrativa, técnica e modernização fiscal-urbana.

Conectividade na periferia
A pesquisa identificou que 47% dos Municípios estão mais flexíveis para a comprovação do vínculo entre o possuidor e o imóvel onde a antena venha a ser instalada, facilitando a implantação em áreas periféricas, informais, facilitando a ampliação das infraestruturas de conectividade em áreas mais precárias, com a adoção de regras urbanas mais flexíveis. Um passo importante para viabilizar a conectividade nas periferias integrados com outras políticas.

Incentivos municipais
O número de Municípios que estabeleceram incentivos ou condições diferenciadas para fomentar a instalação das antenas naquelas áreas ou bairros mais deficitárias ou sem conectividade ainda é incipiente, aproximadamente 2% informaram que a nova legislação já prevê mecanismos de incentivos para a conectividade e inclusão digital, sendo os mais recorrentes preços diferenciados para cadastramento e/ou licenciamento de antenas e incentivos para a instalação em bens públicos com redução de valores, em especial nas áreas prioritárias para o poder local. Todavia, a pesquisa aponta que 81% dos Municípios não implementaram incentivos por falta de conhecimento e 37% demonstraram interesse em disciplinar incentivos.

Silêncio positivo
5gA pesquisa identificou que aproximadamente 47% dos Municípios afirmaram que não estão estruturados para procedimentos, fluxos e gestão das informações no que tange às solicitações de requerimentos, sejam as de cadastramento, dispensa ou as que necessitam de trâmites de licenciamento para gestão da informação e subsídios para fiscalização de controle urbano considerando o prazo-limite de 60 dias

Vale destacar, que o prazo é popularmente conhecido como silêncio positivo, um dispositivo da Lei Federal das Antenas que permite a instalação de antenas pela empresa/operadora/detentora, seguindo todas as leis e regras municipais, estaduais e federais estipuladas no requerimento. Em caso de a administração pública não manifestar em até 60 dias, a legislação prevê o licenciamento tácito, precário, ou temporário.

Materiais para apoiar os gestores
Para apoiar os Municípios no processo de revisão das normas, a área de Planejamento Territorial e Habitação da entidade tem promovido de maneira gratuita Seminários Técnicos  com especialistas no tema, e lançou a publicação Licenciamento de antenas e infraestrutura de suporte para telefonia e internet. O material pretende auxiliar os gestores locais na atualização das legislações urbanísticas para viabilizar a tecnologia 5G.

Também foi divulgada pela CNM a minuta de projeto de Lei da Confederação na revisão das normas locais. A minuta está disponível no Conteúdo Exclusivo da CNM. A entidade tem alertado ainda os Municípios sobre o passivo de antenas sem licenciamento adequado e para as novas antenas 5G. Disciplinar normas, procedimentos e preços, conforme a sua capacidade técnica e administrativa, é fundamental. Mais informações: habitacao@cnm.org.br ou pelo telefone (61) 2101-6039.

Acesse aqui o estudo

Da Agência CNM de Notícias 


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