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03/05/2017
CNM explica aos gestores como atuar na gestão de risco dos mares
A preservação dos mares e oceanos é um tema que está diretamente ligado a realidade de diversas cidades localizadas na zona costeira do país. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) preparou uma matéria com orientações sobre como os gestores municipais podem contribuir com as atividades de gestão de riscos, monitoramento e conservação da vida marinha.
Segundo orientações da área técnica de Defesa Civil da CNM, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) é o órgão local indicado para estar à frente dessas ações. Entretanto, há a necessidade de trabalho integrado com outras pastas como a secretaria de Obras, Meio Ambiente, Saneamento, Educação, o Corpo de Bombeiros Militar e outras existentes.
A entidade reforça que a concretização das estratégias também pode obter apoio da sociedade civil e do empresariado em geral, além da colaboração da comunidade local. Por meio dessa soma de esforços, a Compdec tem mais condições de colaborar para a gestão de risco dos mares.
Uma das estratégias possíveis é elaborar um Plano de Contingência Local. A depender do Município, órgão tem a opção de centrar as ações na mitigação dos efeitos negativos de calamidades causadas pelo homem, como a pesca predatória por exemplo. Um segundo foco poderia ser o combate ao derramamento de produtos químicos diretamente ao mar, medida que compromete a vida marinha e gera prejuízos tanto econômicos quanto financeiros ao Município. E ainda, efetuar o controle do transporte de produtos inflamáveis, passíveis de contaminação.
Aspectos legais
Regido pela Lei 12.608/2012, o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil traz as normativas da área, além das competências municipais. A CNM lista alguns pontos importantes para a execução de ações de prevenção, gestão e monitoramento das condições costeiras que podem ser feitas na sua cidade:
• reduzir a vulnerabilidade a desastres por meio de políticas de prevenção;
• ampliar e qualificar a capacidade de resposta a desastres;
• capacitar e treinar a população e atores locais nas atividades de preservação da vida marinha;
• mapear as áreas costeiras mais vulneráveis e suscetíveis a ocorrências de desastres;
• emitir alertas e alarmes de desastres;
• prestar socorro e dar assistência às vítimas dos desastres marítimos;
• recuperar os danos decorrentes de desastres causados à vida marinha local;
• coordenar as ações de preparação e resposta tempestiva aos desastres, entre outros.
Boas práticas
A entidade lembra também da quantidade de Municípios onde os fenômenos naturais são frequentes. Apesar de não serem controláveis, o excesso de chuvas e formação de temporais contribuem para a agitação das águas, modificando de alguma maneira a vida marinha.
Como resposta, algumas cidades têm desenvolvido ferramentas para acompanhar de perto a formação de frentes frias, ondas de calor e outros fenômenos climáticos. É o caso de Florianópolis, em Santa Catarina, que passou a fazer uso do Sistema de Monitoramento de Desastres.
Questão internacional
Vida na água é o tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 14. O movimento internacional, liderado pelas Nações Unidas, reúne os temas mais urgentes do globo em um conjunto de 17 Objetivos específicos e mensuráveis.
A Confederação tem acompanhado os debates e incentivado os gestores municipais a implementar medidas que possam colaborar com o avanço dos ODS no país. Ao longo das últimas semanas, a entidade vem publicando uma série especial de matérias para explicar cada Objetivo separadamente com orientações aos Municípios brasileiros.
Saiba mais sobre os outros ODS aqui