
Notícias
10/04/2015
CNM avalia a internacionalização da Cultura brasileira na gestão 2011/2014
Divulgar a Cultura brasileira para outros países é essencial para o desenvolvimento do setor. A internacionalização da Cultura na gestão 2011-2014 foi tema de estudo e crítica da área técnica da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Na avaliação da entidade, as ações de internacionalização demonstram uma “política cultural de gabinete”, que reproduz uma concepção elitista de cultura com roupagem de democratização.
São exemplos a promoção do Ano do Brasil em Portugal e do Ano de Portugal no Brasil, entre 2012 e 2013; a participação na Feira do Livro de Frankfurt 2013, e o XIV Festival Ibero-americano de Teatro de Bogotá 2014.
Em outras palavras, na análise da CNM, sob a perspectiva do Ministério da Cultura, o governo seleciona aquilo que merece ser visto lá fora, em outros países. “É a cultura de grife e a Cultura do espetáculo, que em linhas gerais cessam a força performática e não se traduzem em ganhos para o país”, ressalta a área de Cultura da CNM.
Cultura “consumida” mundo afora
No período analisado, o ministério reiterou em discursos institucionais, entrevistas e eventos o “sucesso” das ações de internacionalização da Cultura. No entanto, difundir a Cultura do Brasil para o mundo não é mérito do Minc. Desde o século XIX as exposições universais fizeram circular as inovações tecnológicas e exemplares exóticos das culturas, pois era necessário participar do concerto internacional das nações capitalistas civilizadas.
A CNM explica que este recuo no tempo é provocativo para se pensar sob quais pressupostos a Cultura brasileira na gestão de 2011-2014 foi vista e “consumida” mundo afora. A Confederação destaca a relevância da internacionalização para o intercâmbio de ideias e projetos que aproximem os Municípios brasileiros das experiências internacionais no campo da Cultura. Para a CNM, ações de internacionalização tornam-se efetivas desde que possam ser perenes e voltadas ao estreitamento dos laços entre o Brasil e as demais nações.
Leia também:
CNM analisa políticas culturais da gestão federal e defende a universalização
Notícias relacionadas


