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18/03/2016
Cidades devem priorizar a contenção de encostas e reflorestamento para evitar deslizamentos e inundações
A contenção de encostas é um tema que deve ser priorizado pelos Municípios e Estados para evitar deslizamentos, esta constatação foi feita pelo professor de engenharia geotécnica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Maurício Ehrlich. Para que haja as obras nestes locais, as prefeituras precisam fazer um mapeamento das áreas de risco, o que, segundo o especialista, não é feito de forma adequada em muitos casos. Na parte da prevenção, o professor cita o reflorestamento das encostas como uma solução.
Durante o seminário que reuniu especialistas da área de geotecnia da Coppe e de outras instituições foram debatidas tecnologias usadas em projetos de instrumentação e contenção de encostas, estabilização de solos, misturas asfálticas e pavimentação.
Durante o evento, foi defendido que as cidades tenham um planejamento urbano para evitar não só o problema de deslizamento de encostas, mas também inundações. “Boa parte das cidades cresceu de forma informal, não planejada. Com a expansão da cidade, ela avançou cada vez mais em direção aos morros, principalmente a população de baixa renda, que foi para as encostas, acima das áreas de preservação” alertou o especialista.
Reflorestamento e planejamento
O professor destacou que a vegetação tem um papel importante sob o ponto de vista hídrico, porque ela atrasa a descida da água. “A água infiltra mais no terreno, ela escorre menos superficialmente. Isso acaba sendo favorável a evitar inundações” acrescentou o professor. A vegetação evita erosões que possam favorecer futuros deslizamentos nas encostas.
Ehrlich informou que, por lei federal, todos os prefeitos são obrigados a fazer mapas de suscetibilidade das cidades e definir riscos para a população local. “Os prefeitos podem ser cobrados por crime de responsabilidade, caso não tenham essa ação”. Ele lamentou que esses mapas sejam feitos, algumas vezes, mais para cumprir regras e menos para servir para uma política pública e não tenham o detalhamento necessário para criar confiabilidade. "Essa tem de ser uma política permanente, o que exige que se pense no longo prazo".
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil