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25/04/2005
Casa Civil analisa projeto para o setor de saneamento ambiental
Frederico Ferreira
Agência CNM
Segundo o IBGE, mais de 45 milhões de pessoas não possuem os serviços de água e coleta de esgoto. Por isso, o Governo Federal pretende encaminhar ao Congresso projeto de universalização dos serviços de saneamento. O texto está na Casa Civil desde março e deve chegar para votação na segunda quinzena de maio.
A pretensão do Governo é que num prazo de vinte anos ocorra a universalização do sistema utilizando R$ 178 bilhões, sendo R$ 8,9 bilhões por ano, entre verbas orçamentárias e recursos da iniciativa privada. Um projeto ousado, já que a União juntamente com estados e municípios investiram juntos entre 2003 e 2004 apenas R$ 9 bilhões. O ideal seria R$ 17,8 bilhões no mesmo período.
Um destaque que será dado neste projeto será o atendimento que as concessionárias deverão ter com o cliente. O secretário nacional de Saneamento, Abelardo de Oliveira, disse que as obrigações serão mais claras e que deverá haver investimento na expansão da rede. “É a primeira vez que a lógica das concessões se lembra dos direitos do consumidor. O novo marco estipula direitos e deveres no relacionamento entre poder concedente e concessionárias, e normatiza as garantias que estas devem dar ao usuário”, explica Abelardo.
A formação de consórcios é estimulada pelo projeto de lei e vincula o acesso das companhias de saneamento a verbas da União à adesão ao Sistema Nacional de Saneamento Ambiental (Sisnasa). O órgão gerenciará a política de saneamento ambiental do governo, que prevê metas de universalização dos serviços, qualidade de atendimento e investimentos na expansão da rede. Caso alguma concessionária não cumpra as determinações do Sisnasa, não terão acesso aos recursos do BNDES, Fundos Constitucionais, FGTS e outras fontes de verba do Governo Federal. Como a Lei dos Consórcios já foi aprovada, o texto do projeto está na Casa Civil para a realização dos ajustes necessários.