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16/03/2015
Brasil é um dos dez países onde mais ocorrem desastres naturais, destaca a ONU
O Brasil integra a lista dos países onde mais ocorrem desastres no mundo. Só nos últimos 20 anos, foram registradas 23 mil catástrofes naturais. A seca e a estiagem são os principais motivos. As informações foram divulgadas na III Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Redução do Risco de Desastre. O evento acontece desde o dia 14 e vai até 18 de março, em Sendai, no Japão.Apesar dos problemas com a falta de água, os brasileiros também passam por sérias dificuldades com o execsso dela. A inundação brusca, os alagamentos e deslizamentos de terra tiveram elevação de 21,7 vezes no número de ocorrências entre 1990 e 2000. Essas anomalias também entram na lista dos tipos de desastre que mais afetam a população no Brasil.
Esses dados não são novidade para a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Por meio da área técnica de Defesa Civil, a entidade acompanha a evolução dos desastres naturais no país e se mostra bastante preocupada com a atual estrutura de gestão de riscos e resposta a desastres naturais.
Deficiências na prevenção e combate à desastres
Um levantamento da CNM sobre a recente situação nos Municípios verificou que mais 90,2% deles sequer possuem um Plano de Municipal de Redução de Riscos. E ainda, mais de 80,2% não fizeram o mapeamento de áreas de riscos. Ao todo, 86% dos 5.568 Municípios não possuem uma unidade de Corpo de Bombeiro, e isso torna bastante oneroso ao governo local promover ações de socorro, buscas e salvamento de vítimas.
Na avaliação da CNM, falta investimento, apoio técnico e financeiro por parte da União e dos Estados. Estes entes deveriam auxiliar e custear a implementação e ampliação da estrutura de Defesa Civil nos Municípios, além da especialização e qualificação de profissionais municipais de proteção e Defesa Civil.
“Sem esse apoio, os Municípios de médio e pequeno portes não têm condições de realizar as atividades de Defesa Civil em âmbito local, que exigem gastos elevados em todas as fases como prevenção, monitoramento, preparação, resposta e reconstrução de cenários afetados por desastres naturais”, esclarece o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Sistema atual
Para ações de restabelecimento e reconstrução, os governos municipais ainda passam por várias etapas como apresentação de documentações, planos de trabalhos entre outras exigências que poderiam no mínimo ter uma orientação mais eficiente por parte do governo. A União alega seguir as exigências preconizadas na legislação do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec).
Os Municípios que encontram dificuldade em seguir as exigências do Sinpdec correm o risco de não receberem recursos federais para ações de reconstrução e reabilitação de áreas afetadas por desastres.
Leia mais sobre as informações apresnetadas na III Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Redução do Risco de Desastre