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11/05/2017

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Bacia do Rio Doce passará por reflorestamento ao custo de R$ 1,1 bilhão

11052017 riodoce GovMGQuase dois anos após o desastre ambiental ocorrido no Município de Mariana (MG), que despejou uma avalanche de rejeitos tóxicos no leito do Rio Doce e arrasou o ecossistema da região, um projeto de reflorestamento da bacia do rio está em questão. O replantio será numa área de superior a 40 mil hectares.

A Fundação Renova, criada para gerir os programas ambientais vinculados especificamente à esta tragédia ambiental, sugere que o processo terá o custo de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, a serem investidos ao longo de 10 anos. Os trabalhos envolverão um plantio direto em mais de 10 mil hectares, enquanto nos demais 30 mil hectares será conduzida uma regeneração natural. Cerca de 5 mil nascentes também devem receber o plantio de árvores no seu entorno.

O reflorestamento compensatório dos 40 mil hectares exigirá até 20 milhões de mudas nativas, sobretudo da Mata Atlântica. É o que prevê a Fundação, que começou no mês passado um levantamento dos viveiros existentes ao longo da bacia do Rio Doce. Somente o gasto com a compra das mudas é estimado em R$ 50 milhões.

O mapeamento dos viveiros será feito em duas etapas. Inicialmente estão sendo reunidos dados como as localizações de cada um, tempo de atuação e listas das espécies produzidas. Num segundo momento, os viveiristas serão entrevistados sobre sua capacidade produtiva e detalhes técnicos.

Memória
O derramamento dos resíduos aconteceu em novembro de 2015, após o rompimento de uma barragem pertencente à mineradora Samarco. Sessenta milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram liberados no ambiente, devastando não só a vegetação nativa, mas também o Município vizinho, que ficou praticamente todo embaixo da lama. Dezenove pessoas morreram naquela que é considerada a maior tragédia ambiental do País.

Entre os compromissos assumidos pela Samarco no acordo firmado com o poder público, está a recuperação de dois mil hectares de vegetação impactados na tragédia e, como medida compensatória, de outros 40 mil hectares degradados da bacia do Rio Doce. Os trabalhos de reflorestamento da área afetada pela tragédia são acompanhados pelo Comitê Interfederativo, que é composto por diversos órgão públicos.

Até o momento, houve apenas ações pontuais na região de 2 mil hectares afetada pela lama. O trabalho principal consistiu na revegetação inicial com gramíneas e leguminosas para combater a erosão e estabilizar o solo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um dos órgãos que integra o Comitê Interfederativo, o plantio definitivo de árvores nesta área deve se iniciar durante o período chuvoso deste ano, nos meses de setembro e outubro, época considerada mais adequada.

Posicionamento da CNM
Deve-se considerar que, embora o plantio de mudas visando a recuperação das nascentes seja primordial, nenhuma ação ou frente isolada poderá sanar o passivo ambiental deixado pelo acidente em Mariana, considerado o maior na história recente do Brasil.

A pluma de poluição atingiu vários Estados e bacias hidrográficas. Os resíduos de mineração são extremamente tóxicos e poluentes, sendo capazes de profundas alterações neurológicas nos seres vivos.

Tendo os contaminantes atingido os recursos hídricos, o solo, o subsolo, etc, os animais e as plantas ainda carregarão traços desses contaminantes por muitos anos, sendo necessários muitas técnicas combinadas para a recuperação desses ambientes, sendo que chega a ser utópico que ela seja completa.

Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil


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