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02/10/2013
Avanços no saneamento apontam para impossibilidade de o País atingir meta
A velocidade nos avanços nas áreas de saneamento compromete a possibilidade de o País atingir a universalização de água tratada e coleta e tratamento de esgoto nos próximos 20 anos – meta do Plano Nacional de Saneamento Básico do Governo Federal (Plansab). A constatação conta de estudo feito pelo Instituto Trata Brasil e divulgado nesta terça-feira, dia 1.º de outubro. A pesquisa tomou como os dados mais atuais, referentes ao ano de 2011, do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis) do Ministério das Cidades.
O levantamento mostra que a oferta de água tratada em 2011 melhorou nos cem maiores Municípios do Brasil em relação a 2010. Em 2011, o serviço teve crescimento de 0,9% – alcançando 92,2% da população, número superior à média do País (82,4%). Já a coleta de esgoto chegou nessas cidades a 61,40% da população, um crescimento de 2,3% em 2011. A média no País é 48,1%.
“Quase metade das maiores cidades [47], no entanto, tem índices abaixo de 60%, o que torna muito difícil alcançarem a universalização até 2030, a se manter este ritmo de crescimento”, destaca o estudo. Em relação ao volume de esgotos tratados, o índice nas cem maiores cidades chegou a 38,5%, muito similar aos 37,5% a média do país. “É o serviço mais distante da universalização no saneamento. Em 2030, a se manter esse ritmo de avanços, estaremos longe de ter todo o esgoto tratado nas cem maiores cidades”, ressalta a pesquisa.
As perdas financeiras pelo mau uso da água em 2011 foi maior nas cidades maiores. Nesses Municípios, o índice foi 40,08%, pior que a média do país (38%). Apenas quatro cidades apresentaram perdas menores que 15%; 22 delas tiveram índices entre 15 e 30%. “Isso significa que 74% das cidades apresentaram perdas maiores que 30%, sendo que 14 delas com perdas acima de 60%”.
Melhores índices
Entre os cem maiores Municípios brasileiros, Uberlândia (MG) é o que oferece à população o melhor serviço de saneamento básico. A cidade mineira é seguida por Jundiaí (SP), Maringá (PR), Limeira (SP), Sorocaba (SP), Franca (SP), São José dos Campos (SP), Santos (SP), Ribeirão Preto (SP) e Curitiba (PR). Já a cidade que oferece o pior serviço, dentre as 100 maiores, é Ananindeua (PA), seguida por Santarém (PA), Macapá (AP), Jaboatão dos Guararapes (PE), Belém (PA), Porto Velho (RO), Duque de Caxias (RJ), São Luís (MA), Teresina (PI) e Aparecida de Goiânia (GO).
Agência CNM, com informações da Agência Brasil