Após identificar diversas irregularidades no programa de reforma agrária do governo federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a paralisação imediata das iniciativas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os prejuízos financeiros potenciais decorrentes das falhas constatadas alcançam R$ 2,83 bilhões, sendo R$ 89,3 milhões no curto prazo e R$ 2,74 bilhões no médio prazo.

Pela decisão da corte de contas, não poderá mais ser assentado nem cadastrado qualquer beneficiário. De acordo com relatório do tribunal, caso a medida cautelar de suspensão não tivesse sido emitida, o país poderia sofrer um prejuízo 2,5 bilhões até 2018.

No programa, que deve atender familias com renda de até três salários mínimos e que vivem exclusivamente da terra, foram encontrados 1.017 políticos beneficiários. Além desses, o órgão também identificou 61.965 empresários, 144.621 servidores públicos e 37.997 pessoas já falecidas.

Somadas as irregularidades aferidas, os números atingem pouco menos de 600 mil dos beneficiários, o que representa quase um terço do total atendido pelo Incra com reforma agrária no país.

Agência CNM com informações do TCU