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22/02/2010

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Além das queimadas, Roraima sofre com falta d’água

CNM

 

Além dos focos de incêndio que prejudicam Municípios de Roraima, a estiagem trouxe também outro problema, considerado pelos gestores como o mais grave. De acordo com relato de alguns prefeitos e da Defesa Civil do Estado, a seca na região causa falta dágua para o consumo humano e de animais. Um decreto no Diário Oficial de Roraima, publicado nesta segunda-feira, 22 de fevereiro, confirma a Estado de Calamidade Pública em cinco Municípios.


As prefeituras trabalham com caminhões pipa para abastecer a população com água e contam com ajuda do governo estadual e federal para cavar poços artesianos e bebedouros para animais. A previsão de chuva no Estado é para o final de abril.


A Defesa Civil Estadual conta com auxílio de 35 brigadistas do Distrito Federal que colaboram na missão de apagar os focos de incêndio. Segundo informações do órgão e das prefeituras, as queimadas são causadas pelo fator natural – estiagem – e pela ação do homem, que, ao preparar a terra para o plantio, acaba provocando incêndios ilegais.


Ações municipais
Para conter os focos de incêndio e impedir que os proprietários de terra continuem as queimadas sem controle, prefeituras como a de Alto Alegre, um dos Municípios mais atingidos e que está em Estado de Calamidade, toma providências. “Se o colono avisa, os bombeiros vão até as fazendas e ajudam na queimada legal, controlada. Mas, ainda assim registramos algumas ilegais”, acusa o prefeito Viru Oscar Friendrich.


Com problemas semelhantes, o Município de Mucajaí também é um dos cinco que tiveram o decreto municipal reconhecido. O prefeito Elton Lopes reuniu-se nesta segunda-feira com a Defesa Civil a fim de pedir máquinas para abertura de mais poços.


De acordo com a secretária do Meio Ambiente de Mucajaí, Luzinete Mesquita, os igarapés – cursos de água – da região estão secos, e em outras fontes, a água não pode ser consumida. “O gado está morrendo, as plantações estão secas e perdemos toda produção de hortifrutis”, lamenta.  “A prefeitura está muito preocupada com essa situação, porque a pecuária é a base de nossa economia” justifica a secretária.


Os cinco Municípios em Estado de Calamidade reconhecido neste dia são: Alto Alegre, Amajarí, Iracema, Mucajaí e Pacaraima. Do decreto municipal até o reconhecimento da Defesa Civil Nacional são necessários oito documentos. O trâmite vai desde o decreto municipal, passa pela análise estadual e é finalizado pelo governo federal, em Brasília.


Esses Municípios vão receber alimentos para as famílias prejudicadas e auxílio no abastecimento de água.

 

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