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01/09/2014
Alertas de desmatamento tiveram aumento de 9% em um ano; Pará é o Estado com maior área
Entre julho de 2013 e agosto de 2014, a área dos alertas de desmatamento na Amazônia Legal aumentou 9%. Os dados são do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A ferramenta registra, em tempo real, as áreas possivelmente desmatadas ou degradadas no bioma e serve para orientar as ações de fiscalização.O Pará é o Estado com a maior área de alertas. A região do Município de Novo Progresso responde por 20% das detecções em toda a Amazônia Legal e 63% no Estado. Rondônia e Amazonas também registraram aumento nos alertas. No Mato Grosso, houve queda de 17%.
O Município foi alvo da maior operação de repressão ao desmatamento de 2014. Ação da Polícia Federal em conjunto com o Ibama, o Ministério Público e a Receita Federal desarticulou, na quinta-feira, 28 de agosto, a maior organização criminosa que explorava o desmatamento no sul do Pará, de acordo com o Departamento de Proteção Ambiental do Ibama. A ação ocorreu por meio da Operação Castanheira, iniciada em março.
A quadrilha desmatava em assentamentos, terras indígenas e em duas florestas nacionais para lotear e vender terras públicas. Oito integrantes da organização criminosa foram detidos em três Estados, bens e contas bancárias bloqueados e seis ainda estão foragidos. O Ministério afirmou que já foram realizadas outras ações contra os desmatadores, mas eles se reorganizavam e voltavam a desmatar.
Impactos
Estimativa da Polícia Federal aponta que os prejuízos para a União chegam a R$ 500 milhões. Os presos vão responder por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, invasão de terras públicas e falsificação e podem pegar até 50 anos de prisão.
O Deter detecta áreas maiores que 25 hectares, mas sem diferenciar áreas onde a supressão da vegetação é autorizada pelo governo ou ilegal. O sistema não se destina a medir as taxas de desmatamento, o que é feito pelo Prodes anualmente.
Agência CNM, com informações do MMA
Foto: Ibama