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09/11/2015

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Ainda há 25 desaparecidos em Mariana (MG) por conta do rompimento de barragem de rejeitos

EBCPelo menos 25 pessoas ainda estão desaparecidas em Mariana (MG), além de duas mortes confirmadas. O Município sofre as consequências do rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco, que causou enxurrada de dejetos de mineração e destruiu o vilarejo de São Bento. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem acompanhado a situação desde o dia 5 de novembro, quando ocorreu os desastres e foi elaborado decreto de Situação de Emergência (SE). 

De acordo com informações obtidas pela entidade, mais de 600 pessoas estão desabrigadas, e a prefeitura destinou esses moradores para hotéis e abrigos. No entanto, o mais greve é o fato de já ter se passado dias e ainda haver desaparecidos, e dentre eles cinco crianças com menos de 10 anos. Mais de 200 pessoas da Guarda Municipal, dos bombeiros, das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil e funcionários da mineradora trabalham nas buscas dos desaparecidos – funcionários da mineradora e moradores de São Bento. 

A lama destruiu casas e o comércio, levando a região a um verdadeiro colapso. Inclusive o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, foi internado neste domingo, 8 de novembro, com um quadro de estresse, por estar há vários dias sem dormir. Os serviços essenciais como o abastecimento de água e energia foram interrompidos.  Além dos graves danos humanos, há prejuízos ambientais e no patrimônio histórico, como por exemplo a destruição de uma igreja do século XVIII. A inundação se estendeu por mais de 60 km derrubou árvores, matou animais, contaminou o solo e arrancou a vegetação. 

Segundo a Defesa Civil do Estado, o rompimento da barragem já é considerado um dos piores desastres ambientais já registrado no Estado. Alguns Munícipios próximos ao Distrito de São Bento já foram afetados pelos dejetos, como é caso do Município de Passo Largo, localizado a 60 Km de Mariana, um rua foi totalmente inundada pela lama de dejetos. 

Os dejetos também contaminaram o Rio Doce, que corta parte do Estado. Segundo a Defesa Civil Estadual, a situação é grave e os dejetos estão sendo levados pelo rio por quilômetros. Um alerta foi publicado no sábado, 7 de novembro, com informação de que a enxurrada de lama carregada pelo Rio Doce pode afetar cerca de 15 Municípios, são eles: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galileia, Conselheiro Pena e Aimorés, em Minas Gerais, e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo.

Leia também: Rompimento de barragens em Minas Gerais causa destruição e morte


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