Notícias
25/05/2006
Agendas 21 serão acompanhadas pelo governo federal por meio de nova ferramenta
Agência CNM
Acompanhar os processos de construção e elaboração de Agendas 21 nos municípios e apoiar a Rede Brasileira de Agendas 21 Locais. Este é o objetivo da ferramenta tecnológica apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quarta-feira, dia 24 de maio. O Sistema Agenda 21 será alimentado em parceria com o Fórum Brasileiro de Ongs (organizações não-governamentais) e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (FBOMS).
A ferramenta foi implementada devido ao aumento no número de programas nos municípios. Em 2003, eram 150, e hoje são 682 em andamento no Brasil. Destes, apenas 88 possuem monitoramento direto do Ministério. “O aumento da capilaridade exige maior acompanhamento para que o poder local desenvolva a proposta”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A Agenda 21 é um plano de plano de ação global, nacional e local, que tem por objetivo desenvolver programas sobre sustentabilidade ambiental, social e econômica e orientar para que os sejam concretizados os temas ambientais. É considerada a mais abrangente tentativa de orientação para um novo padrão de desenvolvimento no século XXI. De acordo com a ministra, significa assumir e trabalhar uma agenda voltada para a proteção da biodiversidade, dos recursos hídricos, para uma prática sustentável em relação aos processos econômicos.
A expectativa é de que com a implementação do Sistema Agenda 21, os municípios tenham maior visibilidade dos processos em suas regiões, facilitando a comunicação e a troca de experiências. Segundo o secretário-executivo do fórum, Temístocles Marcelos, será possível incentivar processos como o planejamento de um calçamento ou asfaltamento de uma rua, considerando a forma como a água é absorvida pelo solo.
"O Brasil, ainda que seja um país megadiverso, depende 50% da sua biodiversidade em termos do seu Produto Interno Bruto (PIB). Logo, é algo que não pode ser negligenciado em hipótese alguma, sobretudo se pensarmos que a nossa competitividade se dá em termos econômicos muito em função da abundância de recursos naturais que nós temos. Não podemos sacrificar recursos de milhares de anos pelo lucro de apenas algumas décadas", concluiu Marina Silva.
Com informações da Agência Brasil