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12/08/2015

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A cada cinco mulheres, uma sofre violência, a maioria dos companheiros, por conta de bebida ou ciúmes

EBCPesquisa do DataSenado mostra uma triste realidade brasileira. A cada cinco mulheres brasileiras, uma foi espancada pelo marido, companheiro, namorado ou ex. Ao todo, 18% do total de mulheres no País foram vítimas de violência. As principais causas dessa violência são ciúmes e bebida, 21% e 19%, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa, todas as mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas mesmo assim se sentem desrespeitadas e desprotegidas, com aumento também da violência psicológica.

De acordo com a pesquisa, 27% das agredidas cursaram até o ensino fundamental, 18% até o ensino médio e 12% o curso superior. Entre os agressores, 73% não têm laços sanguíneos com a vítima, mas têm relação de afeto e vivem com elas. Um total de 49% das agressões são praticadas pelos maridos ou companheiros, 21% por ex, e 3% por namorados.

Desrespeito
Na percepção das mulheres, 63% dizem que a violência aumentou, para 23% continua igual, e para 13% diminuiu.
Agressões físicas continuam a maioria - 66% do total. No entanto, a violência psicológica passou de 38% em 2013 para 48% este ano. A violência moral registrou redução de 39% para 31%.

O que esta última pesquisa revelou foi o crescimento da percepção do desrespeito: 43% das entrevistas não se consideram respeitadas. Em 2013 esse montante era de 35%. Somente 5% das entrevistadas consideram que as mulheres são respeitadas no Brasil. Mas em 2013, eram 10%. As mulheres dizem que são menos respeitadas principalmente na sociedade (57%), mas outras também afirmam sofrer o mesmo tratamento na família (23%) e no trabalho (18%).

Punição
A maior parte das entrevistadas, 97%, acreditam que os agressores devem ser processados ou punidos. Entre as vítimas, 26% ainda vivem com o agressor; 23% sofrem hostilidades semanais e 67% são vítimas de violências ocasionais.

Em relação às denúncias, 21% das agredidas ainda não denunciam ou procuram ajuda, 20% buscam socorro na família, 17% vão às delegacias comuns e 11% às delegacias da mulher.

Para chegar a esses resultados, o DataSenado ouviu 1.102 brasileiras, entre 24 de junho a 7 de julho. Esta pesquisa não é inédita. É feita desde 2005, pelo instituto ligado ao Senado Federal. Os dados obtidos por meio dela servem de instrumento para a elaboração de legislação de combate à violência contra o público feminino.


Agência CNM, com informação da Agência Senado

 


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