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27/05/2016
Zika: risco de microcefalia em fetos varia entre 1% e 13%, mostra estudo
Um feto infetado com o vírus zika corre um risco de desenvolver microcefalia entre 1% e 13% durante o primeiro trimestre de gravidez, segundo um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores do Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano chegaram a esta estimativa criando um modelo matemático baseado em estatísticas de infeções pelo vírus e de casos de microcefalia na Polinésia francesa, que sofreu um surto em 2013, bem como na Bahia.
Esta malformação congênita irreversível, habitualmente rara, resulta em bebês que nascem com o crânio anormalmente pequeno e apresentam desenvolvimento cerebral incompleto.
Estimativa de risco
Normalmente, a microcefalia é rara, ocorrendo em 0,02% a 0,12% dos nascimentos nos Estados Unidos. A frequência de outras malformações de nascença mais habituais, como a trissomia 21, é inferior a 1%.
Essa é a primeira estimativa de risco de microcefalia em fetos de mulheres que foram infetadas durante a atual epidemia. Os investigadores do CDC e da Universidade de Harvard determinaram que há uma relação muito forte de causa-efeito entre uma infecção pelo vírus zika durante o primeiro trimestre da gravidez e o risco de microcefalia no feto, que se torna irrelevante no segundo e terceiro trimestres de gestação.
Situação no Brasil
O Brasil, onde o vírus é majoritariamente transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é o país, até o momento, mais afetado pelos casos de microcefalia, mas o cenário poderá ser repetido em outros locais. No Brasil, há registo de cerca de 3,6 mil grávidas infectadas desde janeiro. Desde o início da epidemia, em 2015, já foram contabilizados 1,4 mil casos de microcefalia e de outros problemas neurológicos confirmados.
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil