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02/02/2016
Zika é considerada emergência internacional; necessidade de mais recursos e mais ações
Emergência de saúde pública internacional: esta foi a conclusão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a disseminação do zika. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa em Genebra, depois da primeira reunião do Comitê de Emergência sobre zika vírus.
Segundo Margaret Chan, diretora-geral da OMS, o Comitê de Emergência considerou que o aumento de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas no Brasil e também na Polinésia Francesa e relação com o zika vírus consistem em uma situação de ameaça para a saúde pública de outras partes do mundo.
A OMS afirmou que é necessária uma resposta internacional coordenada para fazer frente ao zika. Segundo a entidade a falta de vacina e testes confiáveis, além da falta de imunidade na população de países afetados recentemente são fatores de preocupação.
Mais recursos
Entidades internacionais lançaram um apelo para doação de mais de R$ 40 milhões para lidar com a proliferação do zika vírus, principalmente no Brasil. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou que está solicitando que doadores financiem um pacote de US$ 9 milhões já a Federação Internacional da Cruz Vermelha pede outros US$ 2,3 milhões.
O objetivo do recurso é prevenir, disseminar informação e controlar o vetor de forma regional. "O que nos preocupa é o alarmante número de casos e sua potencial associação com a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barre", informou a Cruz Vermelha. Segundo a entidade, se o mosquito afeta a todos, o maior impacto será sentido nas camadas mais pobres. "A única forma de parar o vírus é controlar o mosquito e adotar medidas para reduzir a pobreza", declarou Walter Cotte, diretor da Cruz Vermelha nas Américas.
Novo decreto
Foi editado o Decreto 8662/16 para determinar aos dirigentes dos órgãos e entidades do Poder Executivo que adotem providências para a sensibilização e a mobilização de todos os agentes públicos. Eles serão responsável na prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do zika vírus.
Publicado no Diário Oficial da União (DOU), o decreto também cria um comitê de articulação e monitoramento das ações, que será formado por Ministério do Planejamento, Casa Civil da Presidência da República e Ministério da Saúde.
As providências listadas no ato incluem realização de campanhas educativas, vistoria e eliminação de eventuais criadouros do mosquito e a limpeza de instalações públicas de funcionamento de órgãos e entidades do Executivo. Serão objeto de vistoria e limpeza as áreas internas e externas e o entorno das instalações públicas. Segundo o texto, cada órgão e entidade deverá indicar servidores responsáveis pela coordenação das ações.
Veja aqui o Decreto 8662/16.
Da Agência CNM, com informação da Agência Estado e G1