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26/07/2022
Varíola dos macacos: confira as orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde publicou orientações e esclarecimentos sobre as principais dúvidas em relação ao controle da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Segundo a Pasta, as informações são relevantes para a definição das ações de vigilância e resposta à doença no Brasil, seguindo direcionamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS). Boletim divulgado pelo governo federal na segunda-feira, 25 de julho, contabiliza 813 diagnósticos da enfermidade no país, o que representa aumento de 16,8% de casos desde a última sexta-feira, 22 de julho.
No último sábado, 23 de julho, a OMS declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde global. Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. Já a infecção por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas. Por isso, trabalhadores da saúde e membros da família têm maior risco de contaminação.
Confira os principais esclarecimentos do Ministério da Saúde em relação à transmissão, prevenção e sintomas da doença:
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral, causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60, que não tem nada a ver com macacos. Na verdade, ela foi identificada primeiramente nos macacos e, por isso, ficou conhecida no mundo científico como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, nós tivemos alguns surtos de varíola dos macacos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas surtos curtos, com poucos casos. O que estamos vivendo agora é o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus que causa a varíola dos macacos.
Quais são os principais sintomas?
Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia (ínguas) ou relato de febre. Neste momento também é importante a investigação epidemiológica sobre possível viagem recente do paciente para áreas endêmicas.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos recentemente contaminados. Após infecção, o período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias, porém a transmissão da doença termina quando as lesões em forma de crostas desaparecem e a pele esteja íntegra.
Como as pessoas podem se proteger?
A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Vale ressaltar que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos.
O que fazer se eu estiver doente?
Ao aparecerem quaisquer sinais ou sintomas como febre alta e súbita, dor de cabeça, aparecimento de gânglios, procure um médico na Unidade Básica de Saúde (UBS). O profissional terá a capacidade de realizar o exame, fazer o diagnóstico e a condução clínica necessária.
Quais são as diferenças entre a varíola dos macacos e a varíola humana?
A varíola humana é uma doença erradicada no país há muitos anos, enquanto a varíola dos macacos é semelhante, porém, é uma outra doença. São dois vírus diferentes, que causam sintomas relativamente parecidos, mas são doenças absolutamente distintas.
Como é o tratamento da varíola dos macacos?
O tratamento da varíola dos macacos, em geral, é chamado de tratamento de suporte. Geralmente, o paciente precisa de uma boa hidratação. Se estiver com dor de cabeça, pode tomar um remédio analgésico; se estiver com febre, tomar um antifebril e, fundamentalmente, a higienização das lesões.
Em quais casos o paciente deve fazer o teste?
Em caso suspeito, o paciente deve procurar um médico e esse profissional seguir um fluxo laboratorial e indicar a coleta do exame para fazer o teste. O diagnóstico da doença é realizado por teste molecular ou sequenciamento genético.
Onde os testes são processados?
Segundo o Ministério da Saúde, os laboratórios de referência em saúde pública do país já estariam aptos para o processamento. Para tanto, a sala de situação atuou sistematicamente na padronização das informações e na orientação dos fluxos de notificação, assistência e investigação para as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e Distrito Federal, bem como fluxos para os Laboratórios Centrais e de Referência de Saúde Pública. Sendo assim, a coleta deve ser organizada pelo município e a amostra encaminhada para o Laboratório de Saúde Pública de referência.
Como o Ministério da Saúde está atuando na questão das vacinas?
Existem atualmente duas empresas que produzem as vacinas. O Ministério está em tratativas com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a OMS para aquisição de doses.
Foto: Agência Brasil
Da Agência CNM de Notícias, com informações do Ministério da Saúde