Vacinação contra Covid-19 e Influenza é detalhada em Roda de Conhecimento

Os gestores municipais têm enfrentado desafios diversos devido à pandemia da Covid-19. As localidades já têm vacinado os grupos prioritários contra o Coronavírus, mas outras vacinações importantes do calendário vacinal não podem ser esquecidas. Entre elas está a da Influenza, conhecida popularmente como vacina da gripe, que já consta do calendário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para orientar as lideranças municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveu na manhã desta quinta-feira, 29 de abril, a transmissão da Roda de Conhecimento. A live contou com a participação de representantes do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que apresentaram as ações e os resultados da Pasta na coordenação das vacinações.

Abrindo a transmissão, a supervisora da área de Saúde da CNM, Carla Albert, reforçou os desafios vivenciados pelos Municípios quanto à vacinação. “Muitos de nós que estamos trabalhando no SUS nos Municípios, além da gestão da pandemia, temos o desafio, desde a aprovação das vacinas, aquisição e distribuição das vacinas em território nacional, que é a campanha de vacinação contra a Covid-19. Além disso, todo ano, também, já inserida no calendário, está a campanha contra a influenza”, disse.

Vacinação Covid-19
Sobre a vacinação contra a Covid-19, a enfermeira da área técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, Caroline Gava Alves, apresentou inicialmente sobre os eixos de elaboração da campanha de vacinação contra a Covid-19, além dos critérios de definição dos grupos prioritários.

Entre os critérios estão a preservação do funcionamento dos Serviços de Saúde - com a vacinação dos trabalhadores da área de saúde -, a proteção dos indivíduos com maior risco de desenvolvimento de formas graves e óbitos, além da proteção dos indivíduos com maior risco de infecção - mais vulneráveis - e a preservação do funcionamento de serviços essenciais. “Já contemplamos a população inicial, como pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizada, pessoas indígenas vivendo em terras indígenas, trabalhadores de Saúde, pessoas com 90 anos ou mais e fomos descendo a faixa etária de acordo com a distribuição e alcance da vacinação. Atualmente estamos na vacinação de pessoas com 60 a 64 anos na maioria dos Municípios”, disse.

Para os grupos que forem vacinar contra Covid-19 e contra a Influenza, Caroline reforça o alerta. “A gente preconiza um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas da Covid-19 e as demais do Calendário Nacional de Vacinação, exceto para vacinação de emergência, como vacinas de prevenção da raiva e antitetânica”, completa.

Por fim, a enfermeira lembrou como está sendo feita a distribuição das vacinas para as localidades. “Temos recebido as doses de vacina de maneira escalonada pelos laboratórios produtores, então a distribuição é pautada no atendimento aos grupos prioritários definidos e tem sido proporcional a cada grupo alvo disponível com a estimativa populacional em cada Unidade Federada, que são responsáveis pela distribuição das vacinas dentro do território e Município”, finaliza.

Até o dia 28 de abril, o Ministério da Saúde registrou mais de 57 milhões de doses distribuídas para os Estados e mais de 40 mil doses aplicadas em todo o país. Segundo a representante da pasta, isso viabiliza o alcance de aproximadamente 32,6 milhões de pessoas, considerando o esquema vacinal de duas doses.

Vacinação Influenza
Até o dia 9 de julho, o país promove a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Anualmente o Ministério da Saúde promove um dia D para vacinação. Mas, devido à situação de pandemia da Covid-19 e das demandas do serviço de saúde, não vai acontecer o dia D, mas Estados e Municípios podem definir as datas que consideram mais corretas para a mobilização social, de acordo com a realidade local.

De acordo com a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Adriana Lucena, o objetivo da vacinação contra a Influenza é diminuir complicações, internações e mortalidades decorrentes das infecções pelo vírus da Influenza. “É uma doença também importante que pode levar a óbito e complicações, especialmente dos grupos prioritários. Por isso é importante fazer um movimento para que consigam idealizar e realizar ações para fazer o chamamento da população”, disse.

Até o dia 10 de maio, a vacinação contra a Influenza está concentrada em crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas - até 45 dias após o parto -, povos indígenas e trabalhadores da Saúde, totalizando 25,1 milhões de pessoas. A partir do dia 11 de maio e seguindo até 11 de junho, serão chamados os idosos com mais de 60 anos e os professores. Os demais grupos prioritários serão vacinados entre 9 de junho e 9 de julho.

“Como a vacinação contra a Influenza está acontecendo simultaneamente com a vacinação contra a Covid-19, caso as pessoas estejam dentro dos dois grupos prioritários, deve priorizar a vacinação contra a Covid-19, considerando a gravidade da pandemia. Depois, com o intervalo mínimo de 14 dias, é que deve tomar a vacina contra a Influenza”, reforça Adriana.

Por fim, a coordenadora ressaltou que, devido às duas campanhas de vacinação, o Ministério da Saúde fez a inversão do grupo prioritário para vacinação contra a Influenza. “Normalmente começamos a campanha da Influenza com os idosos, mas como estamos com eles no grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19, iniciamos a da Influenza pelas crianças, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde para que possamos dar este intervalo”, finaliza.

Confira como foi a Roda de Conhecimento:

Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias