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06/12/2010
Vacina contra HPV pode reduzir casos de câncer de colo do útero
CNM
A Confederação Nacional e Municípios (CNM) reconhece a importância de combater e reduzir as morte por câncer de colo do útero. Neste sentido, defende que os estudos sobre o tema sejam aperfeiçoados no intuito de aumentar a eficiência das medidas preventivas contra o vírus do papiloma humano (HPV).
A vacina contra o HPV pode reduzir as mortes por câncer em até 90%, mas os resultados são percebidos a longo prazo, depois de 10 ou 20 anos, o que ainda impede a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). A observação é do medico oncologista, Rafael Kaliks Guendelmann, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Em entrevista ao Estadão, na matéria A vacina contra o HPV é um dos maiores avanços recentes da oncologia, o especialista destaca que os estudos mostram que as duas vacinas existentes no mercado - que combatem os principais tipos do vírus (6, 11, 16 e 18) - podem diminuir a mortalidade por câncer de colo do útero em até 90%.
Aplicação
O alto preço também é um fator que impede a adoção da vacina pelo SUS, conforme indica o médico. As três doses necessárias custam cerca de R$ 1.200 em clínicas particulares. Após 30 dias da aplicação da primeira dose deve ser aplicada a segunda, e a terceira após seis meses da primeira. No entanto, só pode ser aplicada até os 26 anos.
Pelos dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o vírus é a segunda maior causa de morte por câncer entre o sexo feminino no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 500 mil mulheres por ano sofrem da doença e pelo menos 250 mil morrem, em todo mundo.
Iniciativa
O Município Itu (SP) assumiu mais esta responsabilidade e em setembro promoveu a primeira campanha de vacinação pública de HPV do Estado para adolescentes nascidas em 1999. Por meio de lei municipal, Itu é pioneiro no Brasil em tornar obrigatória a imunização contra o câncer do colo do útero na rede pública.
A Confederação recomenda que a União aprofunde as pesquisas referentes ao tema, e comprovada sua eficiência, que ela produza por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o que reduz custo, e a disponibilize na rede municipal , para que a população feminina seja beneficiada. Porém, enquanto isso não ocorre, a CNM recomenda aos gestores municipais que promova campanhas e intensifique a prevenção por meio do exame Papanicolau, com o objetivo de atingir a cobertura pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), consequentemente reduzindo o número de casos.
Agência CNM com informações do Estadão on-line