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04/04/2016
Vacina contra H1N1 deve ser antecipada já que vírus é o mesmo da pandemia mundial
Casos de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A, voltaram a colocar autoridades sanitárias em estado de alerta. Em geral, os surtos da doença ocorrem no país a partir de junho, com a chegada do inverno. Mas, nos três primeiros meses deste ano, o número de infecções já ultrapassa o total de todo o ano passado. Esta semana, foram confirmadas mortes em decorrência do vírus em Brusque (SC), Cuiabá (MT), Dourados (MS), Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ). O estado de São Paulo já contabiliza 38 óbitos por complicações atribuídas ao H1N1, de pelo menos 42 mortes em todo o país.
Por causa deste aumento de infecção em todo Brasil, governos estaduais e municipais estudam antecipar o início da imunização contra a gripe. O público-alvo é composto de profissionais de saúde, crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes e idosos. A campanha nacional de vacinação está prevista para ocorrer entre os dias 30 de abril e 20 de maio, mas o lotes de vacinas já foram enviadas aos Estados.
A previsão é que, até 15 de abril, sejam enviadas 25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total de doses da campanha deste ano. Já o envio da vacina aos Municípios é de responsabilidade dos governos estaduais.
Alerta
O professor de infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Alexandre Naime Barbosa, lembrou que, no final de 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia feito um alerta sobre o aumento da circulação do H1N1 no mundo. A cepa é exatamente a mesma que provocou a pandemia de gripe A em 2009 e que voltou a assustar em 2013. “O vírus influenza vai sempre circular. Por isso, as medidas preventivas têm que ser tomadas sempre. É como escovar os dentes – não vale fazer só quando eles estão ruins e depois relaxar ou a dor volta” avisa o epidemiologista.
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil