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05/05/2020

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Usuários de drogas podem ser mais vulneráveis à Covid-19, indica publicação do Nida

 Arquivo Ag BrasilFumantes, usuários de outras drogas e pessoas com transtorno por uso de opioides ou metanfetaminas podem ser mais vulneráveis ao novo coronavírus (Covid-19), devido aos efeitos dessas substâncias na saúde respiratória e pulmonar. O alerta feito em publicação do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, dos Estados Unidos (National Institute on Drug Abuse - Nida), ganha destaque no Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Como o novo vírus ataca, principalmente, o sistema respiratório, sua ação pode ser mais letal em usuários de crack, de maconha, de tabaco e dos chamados vaporizadores. Enquanto associações americanas se preocupam com pessoas que utilizam altas doses de opioides, com fins clínicos, e com quem faz o de opiáceos ou de anfetaminas; no Brasil, o sinal de alerta acende para a suspeita de o isolamento social intensificar ou promover o uso de substâncias tóxicas.

Mas pessoas no mundo todo fazem o uso de químicas para dores crônicas. Por isso, é importante alertar para os efeitos: a metanfetamina contrai os vasos sanguíneos e contribui para a hipertensão pulmonar nas pessoas que a utilizam. Já, os opioides diminuem a atividade do centro neuronal, que controla a respiração, de modo que seu uso não apenas coloca o usuário em risco de overdose fatal, mas também pode causar uma diminuição prejudicial do oxigênio no sangue.

 OMSRisco
Dentre o grupo de risco, quem sofre de doença respiratória crônica tem o risco de mortalidade por overdose aumentado, assim como pessoas que tomam opioides, uma vez que a capacidade pulmonar é alterada pela Covid-19. O vírus compromete o trato respiratório e pode ter uma taxa de mortalidade mais alta do que a gripe sazonal. Contudo, os números exatos ainda são desconhecidos, envolvem não diagnosticados e assintomáticos, e necessitam de análises adicionais para determiná-los.

A publicação do National Institute alerta ainda para outras barreiras ao tratamento do novo coronavírus pelos usuários químicos. Além da sobrecarga dos sistemas de saúde e do acesso limitado, a rotina de usuários de drogas que vivem em grandes cenas de uso no Brasil, como na região Central de São Paulo, preocupam o poder público pela vulnerabilidade dessas pessoas à Covid-19, principalmente de usuários de crack. Exposição a ambientes sórdidos, compartilhamento de cachimbos ou latas de alumínio, aglomerações e má alimentação são alguns agravantes.

Alerta
Diante das constatações, o Observatório do Crack alerta os gestores municipais para a importância de ter ações voltadas a essa população dentro do plano de enfrentamento ao vírus, enquanto a comunidade científica se esforça para entender essa ameaça emergente à saúde e para desenvolver uma vacina. A entidade tem trabalhado intensamente em prol dos Municípios, para viabilizar o enfrentamento do vírus e para minimizar os efeitos da pandemia nos mais diversos setores.

Inúmeras publicações e conquistas financeiras podem auxiliar os gestores neste momento emergencial. Como por exemplo: por meio da CNM, os gestores terão mais recursos para atender a população contaminada pelo coronavírus, para promover ações preventivas e de acolhimento aos mais vulneráveis. Foram R$ 2,5 extraordinários para assistência social e R$ 2 bilhões para saúde, além do direcionamento de emendas parlamentares e da liberação do uso da residual parada nas contas das duas pastas. Confira as publicações da entidade municipalista na Biblioteca.

Da Agência CNM de Notícias, com informações do Nida
Fotos: Arquivo/Ag. Brasil; OMS


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