Notícias
24/06/2016
Uso de plantas medicinais e fitoterápicos pelo SUS sobe 161%
Entre 2013 e 2015, a busca por tratamentos à base de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais que dobrou: o crescimento foi de 161%, segundo dados do Ministério da Saúde.
Há três anos, cerca de 6 mil pessoas procuraram alguma farmácia de atenção básica para receber os insumos. No ano passado, essa procura passou para quase 16 mil. Cerca de 3.250 estabelecimentos de 930 Municípios brasileiros oferecem os produtos.
Todos os anos, a política beneficia cerca de 12 mil pessoas, as quais utilizam medicamentos fitoterápicos industrializados ou manipulados, drogas vegetais e plantas medicinais frescas. Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos. Eles são indicados, por exemplo, para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite.
Mais utilizados
Os fitoterápicos mais utilizados na rede pública são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente.
Todos esses produto são testados para verificação da eficácia e dos riscos de seu uso e também para garantir a qualidade do insumo. Cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.
Programa Nacional
A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos está completando 10 anos de sua publicação em 2016. O objetivo do programa é “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”, descreve o documento.
Além dos investimentos em pesquisa, o Ministério da Saúde também realizou, em 2012, o primeiro curso de Fitoterapia para Médicos, na modalidade de Educação a Distância (EAD). A primeira turma capacitou 300 profissionais de todas as regiões do País.
Neste ano, uma segunda turma deverá fazer o curso, com previsão de 600 vagas para médicos de todo Brasil. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre o tema e sensibilizar profissionais de saúde e população para essa opção terapêutica, permitindo o acesso da população brasileira aos fitoterápicos com eficácia, segurança e qualidade.
Agência CNM, com informações do Ministério da Saúde