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26/09/2014

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Uso de medicamento para deficit de atenção cresceu 775% em 10 anos

UnicampNos últimos 10 anos, o uso de ritalina – nome comercial do metilfenidato, receitado para o tratamento do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – subiu 775% no Brasil. O estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) levanta dúvidas a respeito de possíveis erros de diagnóstico e sobre o tratamento da doença.

Cada vez mais comum no Brasil, o TDAH costuma se manifestar na infância e pode gerar problemas no convívio social da criança ou mesmo atrapalhar seu desempenho na escola. Cerca de 3% a 5% são afetadas pela doença no país.

Como parte do tratamento é receitada a ritalina. E é nesse contexto que ocorre a dualidade. Se utilizada, desperta efeitos colaterais fortes. E sua falta pode resultar em consequências psicológicas graves para o paciente, como baixa autoestima e depressão.

O assunto vem sendo cuidadosamente discutido na Câmara dos Deputados por meio de um Projeto de Lei. O PL 7081/10 obriga o governo a manter um programa de acompanhamento integral do TDAH e de outros transtornos de aprendizagem para estudantes do ensino básico da rede pública e privada.

Diagnóstico equivocado

Um dos principais desafios enfrentados é que não existe um exame para comprovar a existência do transtorno. O diagnóstico é feito com base na rotina do paciente. O que aumenta consideravelmente as chances de emissão de erro.

Em crianças, são levadas em conta informações dos pais e da escola. Entre as características mais comuns estão: dificuldade de concentração e de seguir instruções. Pessoas inquietas, agitadas e muito falantes também são candidatas a receber o diagnóstico.

Como forma de questionar uma possível prescrição indiscriminada do remédio, foi criado em 2010 o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, que reúne 40 entidades acadêmicas profissionais para difundir as críticas que existem na literatura científica.

A relatora do projeto na Comissão de Educação, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), aposta na capacitação dos profissionais da saúde para garantir diagnósticos mais precisos. “Quando a gente qualifica o diagnóstico, fazendo com que as informações cheguem de forma aprofundada aos médicos, com certeza a prescrição de ritalina passa a ser mais coerente, e não de forma deliberada”, afirma a parlamentar.

Da Agência CNM, com informações da Câmara dos Deputados


 


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