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19/11/2014
OMS alerta: um bilhão de pessoas no mundo ainda vive sem sanitários
Cerca de um bilhão de pessoas no mundo ainda não têm acesso a sanitários. O número impressiona, especialmente em virtude do risco potencial para a disseminação de doenças, como ocorreu com a febre hemorrágica do vírus ebola. A informação consta em informe anual dedicado ao acesso à água e aos sanitários, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Preocupados, muitos países já começaram a desenvolver ações na tentativa de amenizar a questão. Na Nigéria, por exemplo, a comunidade tem sido mobilizada para evitar a prática de defecar ao ar livre. O temor é que o vírus se propague por meio dos líquidos humanos.
Entretanto, a situação é ainda mais grave do que parece. Na Libéria, país mais afetado pelo Ebola, cerca da metade dos 4,2 milhões de habitantes não utilizam sanitários. Em Serra Leoa, outro país castigado pela epidemia, a proporção é estimada em 28% da população, segundo o documento.
Do total de indivíduos sem acesso a sanitários, 825 milhões se concentram em apenas dez países, cinco deles na Ásia. A Índia aparece no topo da lista, com 597 milhões de pessoas, seguida de Indonésia, Paquistão, Nepal e China (10 milhões). Já na África, além da Nigéria (39 milhões), completam a lista Etiópia, Sudão, Níger e Moçambique (10 milhões).
Estimativas apontam que na África subsaariana – região que não leva em conta os países do Norte – uma criança morre a cada dois minutos e meios, após ingerir água não potável ou como consequência da falta de sanitários e de higiene.
Barreiras
Apesar dos avanços no acesso à água potável e aos sanitários, como explica o informe, uma das principais barreiras é a falta de financiamento.
"É tempo de agir (...). Nós não sabemos ainda qual será a agenda para o desenvolvimento sustentável após 2015, mas nós sabemos que a água e os sanitários devem ser prioridades claras, se quisermos criar um futuro que permitirá que todos se beneficiem de uma vida sadia, digna e próspera", destacou Michel Jarraud, encarregado de água na ONU e secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Da Agência CNM, com informações do Portal Terra