Teste do coraçãozinho é incorporado à triagem neonatal do SUS

Portaria incorpora a oximetria de pulso, conhecida como teste do coraçãozinho, como parte da triagem neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto, do Ministério da Saúde, foi publicado nesta quarta-feira, 11 de junho, no Diário Oficial da União (DOU).

O exame é capaz de detectar precocemente cardiopatias graves e diminui o percentual de recém-nascidos que recebem alta sem o diagnóstico de problemas que podem levar ao óbito ainda no primeiro mês de vida. O teste é feito com uma pulseira que mede a concentração de oxigênio no sangue e que detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) indicam que, em cada mil bebês nascidos vivos, de oito a dez podem apresentar malformações congênitas e, desses, dois podem apresentar cardiopatias graves, em que há a necessidade de intervenção médica o mais rápido possível.

Cerca de 30% dos recém-nascidos que têm problemas cardíacos graves recebem alta das maternidades sem o diagnóstico, de acordo com a SBP. O resultado da falta de diagnóstico precoce e de tratamento adequado pode significar o choque cardiogênico - incapacidade do coração de bombear uma quantidade adequada de sangue -, ou a hipóxia - baixa oxigenação para tecidos nobres como o cérebro.