Surto de diarreia em Alagoas já vitimou 47 pessoas

O surto de diarreia que atingiu o Estado de Alagoas já contabiliza 47 mortes, desde o início do ano e mais de 70 mil casos registrados até esta quinta-feira, 18 de julho. São 25 Municípios afetados pela bactéria Escherichia coli, encontrada pela Vigilância Sanitária em reservatórios de água, carros-pipas. Dos 102 Municípios do Estado, 25 estão passando pela epidemia e 46 estão em situação de risco.

O presidente da Associação de Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão, diz que a entidade está orientando os gestores para terem cuidado na hora de coletar a água. Para Beltrão é preciso que os Municípios façam análise da água, mas como eles não têm condições é preciso que o governo federal ajude.

“A maior parte da coleta de água é de responsabilidade do Estado. Em nível federal junto a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a entidade entrou em contato com o ministério da Integração para ter ajuda da União, para que seja garantida a qualidade da água e a aceleração da contratação dos carros pipas”, adianta.

Seca
A Vigilância Sanitária de Alagoas, afirma que o principal fator responsável é a estiagem no sertão e agreste do Estado. Com os reservatórios secos a população procurou outros sistemas de captação de água já contaminados por bactérias e vírus.

Segundo a Vigilância, os Municípios afetados já estão sendo tratados, e a previsão é que com a chegada das chuvas no Estado, as fontes de captação encham, e que o número de casos no Estado diminua.

A recomendação é que em casos de suspeita de desidratação o individuo procure a unidade de saúde mais próxima. “Em casos de desidratação, o paciente deve fazer uma hidratação imediata em unidades de saúde, os profissionais estão preparados para receber e atender esses casos, a ordem no estado é que todos sejam atendidos”.