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20/07/2010

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Sintomas de gripe e resfriados aumentam durante o inverno

CNM

As baixas temperaturas registradas em quase todas as regiões e o ar mais seco são algumas causas que levam ao aumento de atendimentos por síndrome gripal, nos Municípios Brasileiros. De acordo com o alerta do Ministério da Saúde, além destas duas evidências, a maior concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a circulação dos diversos tipos de vírus respiratórios, como os vírus influenza, que causam gripe. Tanto a gripe comum – também chamada de influenza sazonal – quanto à gripe H1N1, que surgiu em 2009.

Geralmente, o aumento de casos de gripes e resfriados ocorre entre os meses de maio e outubro, conforme esclarecimentos da Coordenação de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratória da Secretaria de Vigilância em Saúde. No entanto, nos Municípios das regiões Norte e Nordeste, a tendência é que o número de casos aumente entre os meses mais chuvosos, abril e junho. Nos Municípios do Sul e Sudeste têm invernos mais rigorosos e os casos se concentram de junho a outubro, segundo explicações da mesma coordenação.

Pelos dados do Ministério, na primeira semana de junho houve um aumento de atendimentos por síndrome gripal, que foi responsável por aproximadamente 15% do total de atendimentos nas 62 unidades de Saúde responsáveis por monitorar os casos de influenza. Para que o gestor municipal entenda um pouco melhor a síndrome, a forma de prevenção e o melhor tratamento seguem abaixo algumas explicações.

O que é gripe? A gripe é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus influenza e tem como principais sintomas febre, congestão nasal, tosse, dor de garganta, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Os sintomas costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram, em média, uma semana. A gripe é uma infecção autolimitada, que resulta em cura completa devido à reação do próprio organismo ao vírus.

Porém, febre alta permanente e dificuldade para respirar são sintomas que podem indicar o agravamento do quadro do paciente, principalmente se isso ocorrer nos grupos considerados de maior risco para influenza - como pessoas menores de 2 anos e maiores de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas (no coração, pulmão, fígado, rins, sangue e outros órgãos), diabéticos, hipertensos, transplantados, pessoas com baixa imunidade ou em tratamento de aids e câncer.

Tipos de vírus: existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros, por sofrerem mais mutações (alterações na estrutura genética, que podem deixá-lo mais agressivo, por exemplo), respondem pelas formas mais graves da gripe, sendo que o vírus do tipo A é geralmente o responsável por provocar as epidemias e pandemias, como é o caso da gripe H1N1. O vírus do tipo C é o mais leve.

Transmissão: o vírus influenza pode começar a ser transmitido até um dia antes do início dos sintomas, sendo que o período de transmissão dura sete dias, em adultos, e até 14 dias, em crianças. A transmissão pode ser direta ou indireta. A direta, por meio de gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir e espirrar e a indireta, por meio de superfícies contaminadas. O vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras por até 10 horas.

Resfriado e rinite: mais leve e menos demorado, o resfriado frequentemente é confundido com gripe. Embora parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa (até 37 graus). O resfriado também é uma infecção viral e pode ser causa por diversos tipos de vírus. Os mais comuns são o rinovírus, os vírus parainfluenza e o Vírus Sincicial Respiratório - este último, geralmente, acomete mais as crianças.

A rinite alérgica também pode ser confundida com a gripe por ter sintomas parecidos – espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica é uma doença crônica e não transmissível, provocada pelo contato com agentes alérgenos, como poeira, pêlos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

Hábitos de higiene: adotar hábitos simples de higiene – como lavar as mãos frequentemente, não compartilhar objetos pessoais se estiver com sintomas de gripe e cobrir boca e nariz com lenço descartável ao tossir e espirar – é um modo eficaz de prevenção. Os lugares úmidos e frios favorecem a multiplicação do vírus. Por isso, manter os ambientes ventilados e iluminados com luz solar também ajuda na prevenção.

Crianças e idosos: para as crianças, principalmente no ambiente escolar, recomenda-se que, além de incentivar a lavagem das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%. E nas creches, é importante evitar que as crianças durmam muito próximas – distância ideal de um metro. Já para os idosos, o perigo está nas complicações advindas com a gripe como a pneumonia e agravamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes.

Tratamento: ao surgirem sintomas de gripe, resfriado ou rinite, a recomendação é que as pessoas procurem o serviço de saúde mais próximo e não tomem medicamentos por conta própria, como os antigripais. A automedicação pode mascarar sintomas, contribuir para o agravamento da doença e dificultar o diagnóstico, que deve ser feito por um médico. É importante lembrar que uma boa alimentação, repouso e, principalmente, beber muito líquido são medidas fundamentais para a recuperação.

A gripe H1N1: no caso da gripe H1N1, cujos sintomas são os mesmos de uma gripe comum, o tratamento específico com o antiviral fosfato de oseltamivir está indicado apenas para pacientes graves ou com fatores de risco para agravamento da doença. O medicamento não está indicado para tratar pacientes com sintomas leves de gripe e só pode ser vendido com retenção de receita médica. A prescrição deve ser feita por um médico, a partir da avaliação do quadro clínico do doente. São considerados casos graves os pacientes que têm febre, tosse e dificuldade para respirar; e os principais fatores de risco são gravidez e doenças crônicas.

Imunização: a vacinação é uma das formais mais eficazes de prevenção contra diversas doenças, inclusive a gripe. A vacinação de idosos tem o objetivo de reduzir óbitos e internações causadas pela gripe. E em relação ao vírus H1N1, foram vacinados os grupos mais vulneráveis às complicações e mortes. São eles: gestantes, doentes crônicos, adultos de 20 a 39 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, e trabalhadores de Saúde e indígenas.

Com informações do Ministério da Saúde

 


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