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04/09/2019
Sarampo: casos no Brasil chegam a 2.753 só nos últimos 90 dias
Chega a 2.753 o número de casos de sarampo no país. O número, resultado do balanço feito nos últimos 90 dias, foi divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 4 de setembro. O aumento de 18% em relação ao último boletim se deve à confirmação clínica de casos que estavam em investigação anteriormente.
De acordo com o novo boletim epidemiológico da doença, entre 9 de junho a 31 de agosto de 2019, o Brasil notificou 20.292 casos, sendo 15.430 em investigação e 2.109 descartados. O levantamento apontou também quatro óbitos em decorrência da doença: três mortes no Estado de São Paulo (duas crianças e um adulto); e uma no Estado de Pernambuco (uma criança). As crianças eram menores de um ano de idade. Em nenhum dos quatro casos foi comprovada a imunização contra o sarampo.
Os casos confirmados estão concentrados em 13 Estados, sendo a maioria, 98,37%, em São Paulo (2.708), seguido do Rio Janeiro (15), Pernambuco (12), Distrito Federal (3), Goiás (1), Paraná (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Bahia (1), Sergipe (1), Santa Catarina (1) e Piauí (1). Os casos estão distribuídos em 120 Municípios. Nos Estados de Goiás e Piauí, os casos foram registrados em outros Estados.
O Ministério da Saúde já destinou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os Estados, para garantir a dose extra contra o sarampo em todas as crianças de seis a 11 meses e 29 dias. Só para os 13 Estados que estão em situação de surto ativo de sarampo vão ser destinadas 960.907 mil doses. Desse total, 56% já foi enviado para o estado de São Paulo, que concentra quase 98% dos casos. O envio de doses extras da vacina é uma resposta imediata do governo federal em decorrência do aumento de casos da doença em algumas localidades.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar também aos Estados e ao Distrito Federal, cápsulas de Vitamina A na concentração de 50.000 UI, para casos suspeitos de sarampo em crianças menores de seis meses de idade. Cada criança deve tomar duas doses da vitamina. A ação é mais uma estratégia para fortalecer e proteger as crianças nessa faixa etária em decorrência do atual cenário epidemiológico.
A orientação é que a primeira dose do medicamento seja administrada imediatamente no momento da suspeita, ainda na Unidade de Saúde. Para diminuir os riscos de transmissão da doença, a segunda dose deverá ser administrada no dia seguinte, em domicílio. Onde houver possibilidade, recomenda-se que a administração domiciliar seja supervisionada por profissional da equipe de Atenção Primária à Saúde e/ou Vigilância em Saúde.
Caberá aos Estados o recebimento, o armazenamento e a distribuição aos respectivos Municípios.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do MS
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil