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23/12/2015
Sala de enfrentamento deve mobilizar combate a microcefalia, que teve crescimento de 15,8% em uma semana
Novo boletim epidemiológico aponta 2.782 casos suspeitos de microcefalia em 2015. O número é 15,8% maior que as 2.401 notificações registradas no último balanço do governo, apresentado há uma semana. No Brasil, há 40 mortes sendo investigadas por malformação encefálica relacionada ao zika vírus.
Pernambuco continua sendo o local com mais registros: 1.031. A Bahia corrigiu números repassados de forma duplicada, segundo Ministério da Saúde, passando de 316 casos suspeitos no último boletim para 271 no balanço atual. As notificações estão espalhadas por 618 Municípios de 19 Estados mais o Distrito Federal.
O aumento de 15,8% dos casos suspeitos, em relação ao boletim da semana passada, é menor do que as médias verificadas desde novembro, quando o governo passou a divulgar os dados da microcefalia. Entre 21 e 28 de novembro, por exemplo, o número chegou a saltar 68%.
O governo federal reafirmou, nesta terça-feira, 22 de dezembro, a meta de visitar 100% dos imóveis no país, até 31 de janeiro, para combater focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite zika, chikungunya e dengue. Cada um dos 266 mil agentes comunitários de saúde espalhados pelo Brasil, em parceria com 43,9 mil agentes de endemias, deverão cumprir uma média de 20 visitas ao dia.
Sala de Enfrentamento à Microcefalia
O decreto que institui a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Plano de Enfrentamento à Microcefalia foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 22 de dezembro. A estrutura, montada no início do mês no Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério da Integração Nacional (MI), já está atuando no combate ao mosquito Aedes aegypty.
O objetivo da sala é gerenciar e monitorar, em parceria com Estados e Municípios, as ações de mobilização e combate ao mosquito em todo território nacional. De acordo com a pasta, salas semelhantes já estão sendo criadas em todos os Estados do País.