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20/05/2011

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Saúde: vinte Municípios tocantinenses assinam decreto de calamidade pública

CNM

Longas filas, espera interminável, falta de médicos e de remédios. Essa cena de calamidade é real em diversos Municípios brasileiros. Para mostrar a gravidade do problema, 20 prefeitura do Tocantins assinaram Decreto de Calamidade Pública no Setor Hospitalar. A medida adotada pelos prefeitos foi motivada pela deficiência das ações e serviços de Saúde, além do quadro crítico que a população e as próprias prefeituras têm passado com a prestação destes serviços.

Os prefeitos e secretários de Saúde dos Municípios do Estado se reuniram na Associação Tocantinense de Municípios (ATM), no dia 3 de maio, onde debateram situação dos hospitais municipais, que vem se arrastando desde 2009. Em síntese, os gestores denunciam estar havendo um prejuízo no atendimento da rede hospitalar, na estrutura física, deficitária, das unidades de saúde, principalmente, em relação à necessidade de ações para o atendimento emergencial.

De acordo com o presidente da ATM, Manoel Silvino, a entidade está disponível para discussão mais aprofundada com o governo, os setores envolvidos e a sociedade. Ele salienta que o problema da Saúde, nos Municípios, não pode mais se arrastar para que a população possa contar com um sistema médico-hospitalar de qualidade.

Assinaram o decreto os Municípios de: Ananás, Araguacema, Aurora, Brejinho de Nazaré, Cristalândia, Divinópolis, Dueré, Filadélfia, Formoso do Araguaia, Goianorte, Goiatins, Itacajá, Itaguatins, Itaporã, Lagoa da Confusão, Miranorte, Pindorama, Pium, Santa Fé do Araguaia e Silvanópolis. E os prefeitos relatam os problemas enfrentados.

Colméia:
O prefeito Ermilson Pereira da Silva diz que o orçamento é insuficiente. “Temos que usar o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para a saúde. Assim sendo, a cidade fica sem nenhum outro tipo de empreendimento”, informou o prefeito. Segundo ele, os gastos com medicamento, limpeza, água, manutenção, energia e pessoal, inclusive um médico que trabalha apenas 20h divido entre os exames de ultrasson e radiologia, são altos. Além disso, falta banco de sangue ­– que impossibilita a realização de cirurgias e causa risco para o paciente –, falta médico Anestesista, e equipamentos como o desfibrilador, dentre outros

Filadélfia: “Em Filadélfia, há o centro cirúrgico montado, mas faltam profissionais”, relatou o secretário de Saúde, Luiz Orione Ribeiro de Sousa.

Pindorama: a prefeita Marionisce Gaspar Ribeiro se queixa: “até que temos uma boa infraestrutura, inclusive, contamos com dois médicos, mas não temos condições de manter o hospital”.

Taguatinga: o secretário de Ação Urbana, Aclécio Dias Menezes, calcula que 30% do orçamento são investidos na Saúde, mas mesmo assim não é suficiente. Ele avalia: “temos que fazer funcionar o nosso hospital, porque a estrutura é boa, mas estamos sem condições para mantê-lo. Há déficit de profissionais. Estamos pagando para atender pacientes de toda a região. É difícil pra nós”.

 


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