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20/05/2021
Roda de Conhecimento traz experiências de localidades sobre a vacinação da Covid-19
A Roda de Conhecimento desta quinta-feira, 20 de maio, trouxe experiências compartilhadas por Municípios sobre a vacinação da Covid-19 e comorbidades. A transmissão é promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e tem como objetivo orientar e esclarecer dúvidas dos gestores locais.
Desde janeiro de 2021, a campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em todo o país. A cada etapa, um novo público é inserido no calendário. Atualmente, as localidades têm vacinado os grupos com comorbidades, como reforça a analista técnica em Saúde da CNM, Bruna Costa. “O grupo compreende diversas doenças como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade, imunossuprimidos, doenças renais crônicas, hipertensão pulmonar, anemia falciforme, síndrome de down e cirrose hepática”, completa.
Neste grupo, o Ministério da Saúde espera vacinar 17,7 milhões de pessoas. Por compreender um grupo grande de vacinação, os Municípios encontram diversos desafios. Para a vacinação, as localidades precisam desenvolver estratégias. Além disso, a população deve, ainda, comprovar as comorbidades para receberem as doses das vacinas. “Cada Município tem a sua realidade. Por isso, é importante se atentar para as estratégias que devem ser voltadas para as localidades, já que não há uma receita de bolo pronta”, disse Bruna.
Boas práticas
Com 5.035 habitantes, a enfermeira e coordenadora da Atenção Básica do Município de Cabaceiras (PB), Fernanda Albuquerque de Oliveira, apresentou a boa prática implementada na localidade para garantir a vacinação dos grupos. “Aqui temos três unidades Básicas de Saúde, uma localizada na zona urbana e duas na zona rural. Quando as vacinas chegam, vão direto para a gerência de Saúde de um Município a 70 km do nosso. Recebemos informes técnicos, orientações com quais vacinas e quantas o Município vai receber, além do grupo prioritário acompanhado de orientações”, reforça.
No caso da vacinação do grupo dos idosos, os gestores de Cabaceiras promoveram a vacinação na casa de cada morador. Já para os diversos grupos, Fernanda enaltece a importância de se trabalhar de forma integrada com todas as áreas de atuação do Município. “Começamos com os Agentes Comunitários de Saúde, que através do uso de tablet, entram no Sistema e-Sus, que emite relatórios de idades, comorbidades. Em seguida, eles produzem o relatório em forma de lista, com os dados principais da população a ser vacinada. Quando estamos com a lista em mãos, começamos a fazer a distribuição das doses de forma estratégica”, finaliza.
Também reforçando a importância do alinhamento municipal, a enfermeira da vigilância epidemiológica do Município de São Marcos (RS) Bruna Gonçalves ressaltou que, ao mesmo tempo que é importante, é um desafio a ser vencido pela localidade. “É algo que precisamos focar no nosso entendimento. A equipe técnica já vem desgastada com mais de um ano de pandemia, com medos, angústias, perdas. Por isso precisamos manter a equipe motivada, mostrando a importância do seu papel para a comunidade”, lembrou.
Outra prática que deve ser implementada é a de manter a população sempre por dentro do que acontece, de quantas doses o Município recebe, quem são os grupos a serem vacinados e onde estão sendo distribuídas as doses. “A vacinação é importante, é uma forma de proteger as pessoas contra a doença, proteger de novos casos. Por isso, precisamos lançar mão de estratégias criativas e certeiras, proporcionar à população que dê ideias e faça sugestões. Aqui também deixamos disponível no drive thru, um espaço para doação de alimentos e produtos de higiene, para que pessoas possam ser ajudadas por meio de doações”, complementa Bruna.
Recursos
O uso dos recursos disponibilizados para o enfrentamento da pandemia também deve ser alvo de atenção dos gestores municipais, conforme explica a assessora técnica em Saúde da Associação Mineira de Municípios (AMM), Juliana Marinho Diniz. “Trabalhamos muito com a questão do planejamento dentro da Saúde. Neste tempo de pandemia, isso reforça ainda mais a importância de planejar para executar as ações em saúde. No caso dos recursos, a gente planeja e às vezes lá na ponta as localidades têm dificuldade para identificar como gastar, o que pode ser feito e o que não pode”, disse.
Para isso, os gestores locais o alinhamento também é importante para que a boa aplicação dos recursos seja garantida. “É todo um processo que tem que ficar claro para os Municípios sobre a utilização deste tipo de recurso. Entre os detalhes, é importante que sempre se observe o objeto, ou seja, ao que o recurso veio a ser destinado.
Também para orientar os gestores municipais, a CNM disponibiliza uma série de conteúdos na Biblioteca Digital.
Confira como foi a Roda de Conhecimento:
Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias