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20/07/2017
Quantidade de médicos por habitante na Região Norte é três vezes menor do que no Sudeste
O Brasil tinha, em julho de 2017, mais de 440 mil médicos com registro ativo no Conselho Federal de Medicina (CFM). O país apresenta um número crescente de profissionais no mercado. Apesar disso, a distribuição entre as regiões do país permanece desigual. O Norte apresenta uma média de número de habitantes por médico quase três vezes inferior à do Sudeste.
A população estimada no Brasil é de 207 milhões de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando-se o número de médicos registrados, a média nacional é de 470 habitantes por médico.
No entanto, a situação varia conforme de Estado para Estado. No Distrito Federal, por exemplo, a média é de 254 habitantes por médico. Já no Maranhão, essa média sobre para 1.382. Em relação às regiões brasileiras, o Sudeste é a que possui a maior concentração de médicos. São 353 habitantes por médico. Na outra ponta, a Região Norte apresenta o pior índice: 953 habitantes por médico.
Publicada pelo CFM em 2015, a pesquisa Demografia Médica no Brasil apontou que o número de médicos no Brasil cresceu quase oito vezes desde a década de 1970. Entre os anos de 2000 e 2014, o crescimento no número de registros médicos tece uma média de dez mil por ano.
Foi observado, também, o aumento gradual da participação das mulheres. Enquanto entre os médicos com mais de 60 anos, as mulheres só representam um quarto do total, entre os profissionais com menos de 40 anos as mulheres já representam a maioria.
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), uma tentativa de melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país foi a criação do Programa Mais Médicos, muito aceito pelos prefeitos, mas com resistência pela classe médica brasileira. O fato é que o programa levou atendimento médico a regiões que jamais recebeu um profissional, seja pela região nada chamativa, pela alta demanda ou pelos salários pagos, os gestores nunca conseguiam a permanência do profissional, causando enorme rotatividade e uma desassistência à população.
A CNM ressalta que o governo deve criar estratégias de incentivo dentro das próprias universidades para que as regiões menos atraentes se tornem pólos acadêmicos, compostos por profissionais de excelência assim com a região sudeste. A melhoria estrutural e funcional dos hospitais e unidades de saúde básica fazem parte desse processo de qualificação e podem influenciar na tomada de decisão do profissional para atuação nessas regiões menos atrativas.
Agência CNM, com informações do G1