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20/01/2012
Projetos de combate ao crack serão implantados em três Estados
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Recife foram as cidades escolhidas para a implantação dos projetos pilotos de política nacional contra o consumo e tráfico de drogas. A intenção é investir em medidas que aumentem a oferta de tratamento de Saúde a usuários de drogas, enfrente o tráfico e as organizações criminosas e amplie ações de prevenção. A perspectiva é aplicar R$ 4 bilhões no país todo, estruturado em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
Desde 2010, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem mostrado a gravidade do problema das drogas no país. Além disso, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, tem falado sobre a morosidade do governo em assumir o quadro de epidemia. “Nossa expectativa é que o projeto realmente seja colocado em prática e consiga atingir os pequenos Municípios”, destaca Ziulkoski.
O plano traçado pelo governo para combater a epidemia do crack se completa com a reinserção dos usuários na sociedade. Após o período de internação, o projeto pretende oferecer cursos de qualificação e encaminhamento para vagas no mercado de trabalho. O papel das administrações municipais será revitalizar os pontos de consumo da droga após realizada a etapa de desocupação.
RS
No Rio Grande do Sul o valor previsto para combater a epidemia é de R$ 42 milhões no orçamento de 2012. A Secretaria Nacional de Justiça deve enviar câmeras de vídeo para auxiliar na fiscalização das cracklândias gaúchas. Ficarão sob a responsabilidade da Polícia Federal as ações de inteligência, em parceria com os órgãos de segurança do Estado.
Os técnicos envolvidos acreditam que a ofensiva será mais tranquila nas cidades gaúchas porque não há concentração de tráfico e consumo da droga em um único ponto, ao contrário do que ocorre em São Paulo.
O governo do Estado se comprometeu a ampliar o número de leitos para garantir a internação dos usuários. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, existem 671 leitos em hospitais para o tratamento de dependentes de álcool e drogas, além de 673 vagas em comunidades terapêuticas.