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08/08/2012
Produção de mel ajuda a gerar renda para Municípios alagoanos
Em meio à caatinga do sertão nordestino, onde o sustento das famílias depende, basicamente, da Agricultura ou Pecuária, uma nova atividade tem despontado como alternativa para geração de emprego e renda entre os sertanejos, a Apicultura.
No Município de Coqueiro Seco, às margens da Lagoa de Mundaú, em Alagoas, prolifera-se uma planta, o rabo de bugio, a partir da qual as abelhas produzem o chamado ouro vermelho - um tipo de própolis bastante valorizado pelo mercado japonês devido às ações terapêuticas, inclusive contra tumores. Um quilo do produto bruto custa em torno de R$ 500, pagos por atravessadores que produzem um extrato e lucram oito vezes mais.
O Município com quase seis mil habitantes, tinha muitos pescadores e catadores de caranguejo que passaram a investir na apicultura e conseguiram dobrar a renda mensal. O impulso da produção do produto no Estado tem gerado bons frutos, pois segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção anual de mel em Alagoas é de 200 toneladas.
Somente a Cooperativa dos Produtores de Mel, Insumos e Derivados Agrícolas de Alagoas (Coopeapis) com 72 apicultores associados rendeu, em 2011, aproximadamente R$ 18 mil e 16 toneladas de mel, através das mais de mil colméias em atividade.
Outra Cooperativa de Produtores de Mel de Abelha e Derivados (Coopmel) cultivou somente em 2011, mais de 2,3 mil colméias e produziram 44,5 toneladas de mel, além de 146 kg de própolis.
Pelo desempenho satisfatório na produção e comércio de mel no ano passado no Estado, o Ministério da Integração Nacional garantiu a inclusão de Alagoas, em 2012, na Rota do Mel.