Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com o política de privacidade e política de cookies.

Home / Comunicação / Presidente do STF vai analisar se unifica relatoria de ações de Estados sobre repatriação

Notícias

09/11/2016

Compartilhe esta notícia:

Presidente do STF vai analisar se unifica relatoria de ações de Estados sobre repatriação

09112016_stf_stfEm reunião com 16 governadores de todo o País, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse nesta terça-feira (8) que vai analisar se unifica a relatoria de cinco ações que tratam da destinação aos Estados de mais receitas obtidas com a repatriação.

O STF já recebeu pelo menos cinco ações que questionam a lei de repatriação, que foram distribuídas para quatro relatores diferentes: os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Celso de Mello.

Os Estados questionam que a lei de repatriação não prevê que o valor arrecadado pela multa aplicada sobre a repatriação de ativos seja destinada ao Fundo de Participação dos Estados, o que violaria a Constituição. O assunto foi tratado em reunião dos governadores com Cármen e em um outro encontro, com o ministro Barroso. A mesma reivindicação está sendo feita pelos Municípios.

"O que eu acho ideal é que haja uma decisão uniforme. A pior coisa que poderia acontecer é um Estado conseguir (uma decisão favorável) e o outro não. O STF tem de falar a uma só voz nessa matéria, não pode haver divergência", disse Barroso.

Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Tocantins já ingressaram com ações no STF visando à obtenção de mais repasses da lei da repatriação.

"Hoje qualquer recurso que entrar no caixa do Tesouro é muito importante para nós. Então nos sentimos no direito de participar desses recursos da multa que entraram no cofre da União", comentou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Para o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), a União pode subtrair recursos dos Estados. "O cidadão lá na ponta ficará com menos recursos para que nós possamos investir em saúde, segurança pública. Não estamos buscando recursos para pagar servidor público. Alguns Estados estão fazendo escolhas. Eu tenho que escolher em qual hospital nós vamos salvar a vida das pessoas. O que está acontecendo no Rio de Janeiro hoje está acontecendo na maioria dos Estados", disse Taques.

Municípios
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) foi a primeira a empunhar a bandeira pela divisão do valor da multa entre os três Entes da Faderação (União, Estados e Municípios). Inclusive, após o veto à divisão, feita pela ex-presidente Dilma Rousseff, parlamentares ligados ao municipalismo, assumiram o compromisso de derrubá-lo no momento da votação pelo Congresso. O que não se confirmou na sessão em que o veto estava na pauta.

A CNM encaminhou ofícios ao presidente Michel Temer pedindo a divisão democrática do valor das multas e, agora, pretende o apoio do Supremo Tribunal Federal para garantir a distribuição democrática do valor.


Notícias relacionadas