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28/04/2005
Paulo Bernardo defende votação integral da reforma tributária
Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, defendeu a votação integral da reforma tributária no Congresso Nacional. Segundo ele, é um "absurdo" fatiar a reforma. A proposta de fatiamento da reforma tributária prevê a votação apenas do aumento de um ponto percentual no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), deixando para depois as mudanças nas regras para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS).
"Vamos votar o acessório e deixar o principal. Isso significa que cidadão e o contribuinte não vão ganhar nada", disse o ministro. "Se votarmos essa reforma fatiada, nós vamos manter o ICMS nessa parafernália de legislações diferentes, vamos manter a carga tributária inalterada, não vamos melhorar a qualidade do tributo. Mas vamos votar um repasse a mais. Significa aumentar despesas para o governo federal. Acho que seria a pior das opções", completou.
Parte da reforma tributária já foi promulgada pelo Legislativo no final de
"Com a simplificação, vai ter redução dos custos do contribuinte e do fisco. Podemos ter mais receita e com menores alíquotas. Vai abrir espaço para uma terceira fase da reforma tributária, que é implantar, por exemplo, imposto sobre valor agregado. Juntar ICMS, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e algumas das contribuições e criar um imposto sobre o valor agregado, dar uma qualidade melhor para o tributo no Brasil", afirmou Paulo Bernardo.
O ministro disse também que o governo quer melhorar a qualidade do gasto público. "Há uma cobrança do presidente e da sociedade, que tenhamos mais recurso para investimento. Nós não aceitamos a hipótese de aumentar a carga tributária, inclusive colocamos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) um teto para carga tributária e também um teto para despesas", informou.
Segundo o ministro, resta diminuir o custeio geral da máquina para fazer investimentos. Paulo Bernardo disse que algumas das propostas para reduzir o gasto público deverão começar a ser implantadas
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