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05/06/2018
OMS lança plano de ação global para incentivar atividade física
Novo plano de ação mundial sobre atividade física e saúde para 2018 a 2030 foi lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira, 4 de junho. Com objetivo de ajudar os países a ampliar as ações políticas para promover a atividade física, o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Guebreyesus, divulgou o documento para incentivar as pessoas a serem mais ativas para um mundo mais saudável.
O plano mostra como os países podem reduzir o sedentarismo em adultos e adolescentes em 15%, e recomenda 20 áreas de políticas que, combinadas, visam a criar sociedades mais ativas por meio de melhorias nos ambientes e em oportunidades para pessoas de todas as idades e habilidades. Para a OMS, a atividade física regular é chave para prevenir e tratar doenças não-transmissíveis como doença do coração, derrame, diabetes e câncer de mama e de colo.
“Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas no mundo moderno, isso está se tornando cada vez mais um desafio, em grande parte porque nossas cidades e comunidades não são projetadas da maneira correta”, disse Tedros. “Precisamos de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a terem uma vida mais saudável. Isso funciona melhor em nível de cidade, onde a maior responsabilidade é criar espaços mais saudáveis”, defende o diretor.
Dados
Dados da Organização indicam que, em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes – de 11 a 17 anos – não praticam atividade física de forma suficiente. Meninas, mulheres, adultos mais velhos, pessoas de baixa renda, com algum tipo de deficiência e com doenças crônicas, além de populações marginalizadas e indígenas têm menos oportunidade de serem ativos. O grupo responde por 71% de todas as mortes registradas no mundo – incluindo a morte de 15 milhões de pessoas todos os anos com idade entre 30 e 70 anos.
Segundo a OMS, o sedentarismo representa custos de US$ 54 bilhões no atendimento à saúde, dos quais 57% são registrados na rede pública de atendimento, além de US$ 14 bilhões atribuídos à perda de produtividade. A área técnica de Saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça que a prática de atividade física impacta diretamente na redução dos índices de internações e na procura por atendimento médico. Diante dos números, a entidade chama a atenção para a reponsabilidade da gestão municipal com o incentivo a prática de atividade física e com a promoção de espaços adequados e profissionais qualificados para a realização de exercícios.
Ações
Para viabilizar ações efetivas, a Confederação recomenda que o Município desenvolva medidas por meio de programas federais já implantados, como Academia da Saúde, Saúde da Família e Núcleo de Apoio a Saúde da Família para o desenvolvimento das ações localmente. Os profissionais que compõem essas estratégias podem estabelecer horários, atividades e ações para diversos horários, locais e públicos a fim de propiciar saúde para todos.
Conforme destaca a entidade, muitas prefeituras já desenvolvem políticas de inserção de atividades físicas, como a inclusão de aulas de dança, em aulas de alongamento e caminhadas coletivas; e já registram redução no uso de medicamentos.
Com informações da OMS