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23/03/2016
OMS atualiza dados sobre epidemia de zika mundial e estudos mundiais sobre vacina
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou nesta terça-feira, 22 de março, que 23 projetos de vacinas contra o vírus da zika estão sendo desenvolvidos por 14 instituições localizadas na Áustria, no Brasil, nos Estados Unidos, na França e na Índia. O vírus está atualmente circulando em 38 países e territórios. Segundo Chan “Em menos de um ano, o status do zika passou de uma curiosidade médica leve para uma doença com graves implicações na saúde pública”. E a base de conhecimento está sendo construída muito rapidamente por pesquisadores de todo o mundo.
Este é o terceiro grande surto de zika mundial, o primeiro relatado ocorreu em 2007 e o segundo entre os anos de 2013-2014. Apenas Brasil e Panamá notificaram a ocorrência de microcefalia. A Colômbia está investigando se há casos de malformação em bebês relacionada ao vírus.
Apesar de ser o terceiro surto, é a primeira vez que ocorre no ocidente, por isso, a ausência de imunidade na população dá ao vírus condição para se espalhar rapidamente e se comportar de maneiras possivelmente inesperadas. Por isso, no Brasil foi relatado um aumento reportado de casos de Síndrome de Guillain-Barré, seguido por um aumento incomum de microcefalia entre os recém-nascidos, informado à OMS no final de outubro.
Surto atual
No surto atual, Brasil e Panamá têm relatado microcefalia. A Colômbia está investigando vários casos de microcefalia para verificar uma possível ligação com o vírus. Uma equipe da OMS está atualmente em Cabo Verde para investigar o primeiro caso de microcefalia relatado no país.
Até o momento, 12 países e territórios já relataram um aumento na incidência de Síndrome de Guillain-Barré ou confirmaram laboratorialmente infecção por zika e aumento de casos desta síndrome. Efeitos adicionais no sistema nervoso central têm sido documentados, particularmente inflamação da medula espinhal e inflamação do cérebro e suas membranas.
Reuniões
Segundo a OMS é necessário construir uma base de conhecimento rapidamente. Para isso, desde 1.º de fevereiro, a Organização convocou sete reuniões internacionais e publicou 15 documentos que traduzem as últimas pesquisas em guias práticos provisórios para apoiar os países à medida que respondem a este surto e suas complicações neurológicas.
Além disto, também foram realizadas três reuniões de alto nível para analisar a ciência, as convenções e novas ferramentas para controle do mosquito. Essas reuniões ajudam a responder questões científicas urgentes e reunir conselhos sobre as melhores formas de responder a uma situação que está evoluindo rapidamente.
Prioridades
Em termos de novos produtos médicos, os especialistas concordam que um teste de diagnóstico rádio e confiável é a prioridade mais urgente. Atualmente, mais de 30 empresas estão trabalhando, ou já desenvolveram, potenciais novos testes de diagnóstico.
No caso das vacinas, 23 projetos estão sendo elaborados por 14 desenvolvedores de vacinas na Áustria, no Brasil, nos Estados Unidos, na França e na Índia. Como a vacina será usada para proteger as gestantes ou mulheres em idade fértil, é necessário que ela atenda a um extremamente rigoroso padrão de segurança. A vacina não deve ficar pronta imediatamente, mas, mesmo assim, o seu desenvolvimento é imperativo já que mais da metade da população mundial vive em áreas onde o mosquito Aedes aegypti está presente.
Da Agência CNM, com informação da OPAS