
Notícias
11/09/2012
Obras paralisadas por falta de recursos deixa Araripe, no Ceará, com sérios problemas
Obras paradas e rompimento no desenvolvimento de Araripe, Município do interior cearense. Os relatos do prefeito Germano Correia comprovam os problemas pelos quais os gestores municipais passam quando licitam obras, firmam contrato com empresas e não recebem os recursos do governo federal. Os resultados, neste caso, são o desemprego e a perda de credibilidade com a população.
Em entrevista à Agência CNM, o prefeito lamenta as dificuldades na liberação das verbas na Caixa Econômica Federal. “Tenho obras concluídas e os recursos não estão na Caixa. Todas as semanas eu vou ao escritório da Caixa e faço contato por meio dos assessores de deputados em Brasília, mas a resposta é sempre a mesma: que o dinheiro ainda não está na conta”, esclarece Correia.
Segundo o gestor, as obras somam entre R$ 25 a R$ 30 milhões. São empreendimentos como reforma e construção de habitações; praças, quadra poliesportiva, postos de saúde, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e reforma de um santuário turístico. Todas elas foram aprovadas pelo governo federal, mas estão paradas, segundo informações do prefeito.
Prejuízos
Os convênios assinados pelo prefeito Germano Correia são com os Ministérios das Cidades, dos Esportes, da Educação e da Saúde. Todos prevêem contrapartida municipal. Como a verba de Araripe sozinha não é suficiente para pagar as prestadoras de serviço, as empresas começaram a demitir. “Se eu não pago as obras, eles não têm dinheiro para pagar os funcionários e acabam demitindo. Isso é ruim para um Município como o nosso, onde muitas pessoas precisam desses empregos na construção civil”, explica.
Além das demissões, Correria conta que o ritmo das obras diminuiu. “Para os empreendedores, a responsabilidade das obras é totalmente do prefeito. Eu não tenho como respondê-los”. A credibilidade do prefeito que concorre à reeleição também está prejudicada, conta o próprio gestor.
Alertas
De acordo com dado divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), há um estoque de R$ 18,7 bilhões de Restos a Pagar devidos da União aos Municípios. São empenhos realizados e acumulados desde 2002 e que estão previsto no Orçamento da União para este ano e ainda não foram liberados para as prefeituras. Deste total, R$ 7,5 bilhões se referem a projetos em execução, como as obras em Araripe.
Notícias relacionadas


