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04/11/2014
Número de bebês com sífilis no país ultrapassa 11 mil
O número de casos de sífilis em recém-nascidos aumentou consideravelmente em 2012. A taxa de incidência da doença congênita foi de 3,9 casos por 1.000 nascidos vivos, quando na verdade deveria ser sete vezes menor. O tema é apresentado na publicação Saúde Brasil, disponibilizada pelo Ministério da Saúde (MS).
Somente em 2012 foram registrados 11.316 casos de sífilis congênita no país, situação em que a gestante transmite a doença para o seu bebê. Uma das principais causas para o elevado número são as falhas no pré-natal. Ao não fazer o acompanhamento correto, a mãe pode transmitir a bactéria à criança durante a gestação ou no momento do parto. No mesmo ano, o governo identificou 16.930 casos da doença em grávidas.
Para o secretário de vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, os dados revelam “a necessidade de se qualificar o pré-natal”. Porém, como ele ressalta, há diversos fatores relacionados a isso e que merecem atenção como: a não realização do teste para sífilis, a reinfecção da gestante e o receio do uso de penicilinas em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Os dados de 2013 e 2014 ainda foram fechados, porém podem apresentar uma melhora na ampliação das testagens e do Programa Rede Cegonha. Em 2013, quase três milhões de testes rápidos foram distribuídos pelo governo federal. O Ministério da Saúde diz que é preciso esforço para acelerar a incorporação destes equipamentos as unidades de saúde.
A meta, para o Brasil e outros países das Américas, é reduzir o índice de 3,9 casos por 1.000 nascidos vivos para até 0,5. A partir dessa faixa a doença não é mais considerada problema de saúde pública.
Prevenção
Todos os anos cerca de 2,8 milhões de mulheres engravidam no Brasil. Por esse motivo, é tão importante realizar o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal. Em caso de diagnóstico positivo, a mulher e o parceiro devem ser tratados.
A doença pode provocar a perda da gravidez e doenças no bebê, que afetam coração e audição, por exemplo. Ela pode ser evitada na quase totalidade dos casos, desde que corretamente identificada e tratada.
Da Agência CNM, com informações da Folha de São Paulo