Notícias
22/09/2016
Novos dados são publicados no Observatório dos Desastres
O Observatório dos Desastres, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), conta com novas informações. Agora os usuários poderão acessar na guia Desastres Naturais os decretos de anormalidade reconhecidos neste ano. Até então, o hotsite apresentava a quantidade de reconhecimentos feita no período entre 2012 e 2015.
Como nota a Confederação, somente este ano foram reconhecidos 1.398 decretos municipais. Desse total, 1.160 foram decorrentes da seca, o equivalente a 83%. Os números revelam que o fenômeno continua afetando fortemente os Municípios, especialmente na região Nordeste. Porém, ele também incide sobre Estados como Amazonas, Roraima, Minas Gerais e Espírito Santo.
E os resultados da estiagem são devastadores; açudes inteiros estão secos, falta água para o consumo humano e animal, plantações se perderam, animais padecem com a pastagem seca. O que parece cena de filme é realidade para centenas de cidades brasileiras, que não possuem condições de enfrentar o problema sozinhas.
O setor agrícola foi o que registrou mais prejuízos pela seca entre 2012 e 2015: ao todo, R$ 116,2 bilhões. No periódo em questão, o setor da pecuária também foi gravemente impactado, acumulando perdas da ordem de R$ 24,6 bilhões. Um dos fatores que intensificou o fenômeno da seca, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi a passagem do El Niño principalmente na região Nordeste.
Especialistas citam ainda o aquecimento global como outro fator que contribui para um cenário cada vez mais inóspito. Pesquisa realizada pela Agência Espacial Americana (NASA) aponta que 2014 foi o ano mais quente de todos os tempos. O recorde foi superado em 2015 e novamente este ano, mostrando uma constante elevação da temperatura do planeta.
Se de um lado faltam recursos hídricos, por outro, eles são encontrados em abundância na região Sul do país. As precipitações intensas foram motivo de reconhecimento de 236 decretos municipais. Dos quase 1.400 decretos reconhecidos, somente dois faziam referência a outros desastres naturais, como o desabamento de rochas, por exemplo.
Sobre o sistema
A aba Desastres Naturais traz dois mapas. O primeiro, mais geral, sobre a distribuição dos desastres no Brasil, e o segundo sobre a quantidade de decretos reconhecidos pelo governo federal. No painel de controle é possível refinar essa busca e fazer alguns filtros como o desastre, o tipo de decreto e o ano de referência. O sistema ainda oferece a opção de somar essas variáveis, o que permite obter uma visão mais ampla do tema escolhido.
Também é possível conferir no Observatório dos Desastres outras informações importantes sobre a presença dos órgãos ligados à Defesa Civil nos Municípios brasileiros, os recursos repassados pela União e os prejuízos causados pelos fenômenos naturais.
Acesse o Observatório dos Desastres e confira