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18/01/2016
Novo Protocolo para manejo de pacientes com dengue é lançado
Foi lançada a nova edição do protocolo para manejo clínico dos pacientes com dengue. A publicação inclui no diagnóstico diferencial as arboviroses chikungunya e zika, introduzidas no país nos últimos anos. Ela também enfatiza a nova classificação de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), utilizada pelo Brasil desde 2014.
A definição atual da Organização destaca que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Ou seja, pode evoluir para a remissão dos sintomas ou agravar exigindo constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas e as mortes evitadas.
Mundo
A dengue é a doença transmitida por vetores que se propaga mais rapidamente no mundo. Atualmente, essa enfermidade é endêmica (ocorre em um dado território e permanece provocando novos casos com frequência) em mais de 100 países localizados em cinco das seis Regiões da OMS: África, Américas, Mediterrâneo Oriental, Sudeste da Ásia e Pacífico Ocidental.
A estimativa é que 2,5 bilhões de pessoas, ou seja, mais de 40% da população mundial, estejam expostas ao risco de dengue. As regiões das Américas, Sudeste da Ásia e Pacífico Ocidental são as mais afetadas. Nas três, houve mais de 1,2 milhão de casos de dengue em 2008 e mais de 3 milhões em 2013, apresentando uma tendência de crescimento ao longo dos anos.
A doença tem se espalhado para outras localidades. Na Europa, foi registrada transmissão local de dengue na França e na Croácia, em 2010, e foram detectados três casos importados em três outros países do continente. Em 2012, um surto na ilha de Madeira, Portugal, resultou em mais de dois mil casos. Em 2013, ocorreram casos nos Estados Unidos e na China. Em 2014, tendências indicam aumento no número de casos nas Ilhas Cook, Fiji, Malásia e Vanuatu. A doença também foi registrada no Japão após um intervalo de mais de 70 anos.
Prevenção
Para evitar picadas de mosquitos e reduzir o risco de infecção, a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) recomenda as seguintes medidas para pessoas que habitam ou viajam para lugares com transmissão de dengue, chikungunya ou zika: descansar sob mosquiteiros (redes de cama) impregnados ou não com inseticidas e usar roupas que minimizem a exposição da pele, como calças e camisas de manga comprida.
Além disto, ainda existe a recomendação do uso de repelentes que contém o composto DEET (N N-dietil-3-metilbenzamida), IR3535 (3-[N-acetil-N-butil]-éster etil ácido aminopropiónico) ou Icaridina (ácido-1 piperidinecarboxílico, 2-(2-hidroxietil)-1-metilpropilester). Não há evidência sobre restrição do uso desses repelentes em gestantes se forem usados de acordo com as instruções do rótulo do produto. Outra medida importante é usar telas em portas e janelas e também adotar medidas preventivas para acabar com os focos do mosquito Aedes aegypti.
Acesse aqui o protocolo.
Da Agência CNM, com informação da OPAS