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22/03/2016
No Dia Mundial da Água, CNM reforça a importância de uso consciente do recurso
Nesta terça-feira, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) aproveita o momento para fazer uma reflexão sobre a gestão de recursos hídricos no País. Também chama a atenção dos gestores municipais para a importância de fazer o uso equilibrado desse recurso natural.
A data foi definida pelas Nações Unidas em 1993. Desde então, milhares de cidades organizam eventos e realizam atividades neste dia 22 de março. O tema tem ganhado cada vez mais destaque nos últimos anos, e tanta preocupação não é à toa. A seca que insiste em castigar a Região Nordeste é apenas um exemplo.
Como representante do municipalismo brasileiro, a Confederação acompanhou o drama de milhares de prefeituras na tentativa de enfrentar a escassez de água. Em 2013, a entidade publicou uma cartilha onde faz um retrato do problema: O Nordeste Brasileiro e Mais Uma Calamidade por Falta de Água. Somente naquele ano, mais de 1.400 Municípios foram afetados, afirma a entidade.
Pernambuco foi o Estado com o maior número de cidades atingidas. Dados da Companhia Pernambucana de Sanemento (Compesa), revelaram que 151 dos 185 Municípios pernambucanos registraram algum déficit no abastecimento.
Entretanto, a crise hídrica não ficou restrita apenas ao Nordeste. Ano passado, milhares de Municípios paulistas agonizaram com a diminuição do volume do Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a região metropolitana. A falta de chuvas e o clima de incerteza agravaram a situação e fizeram com que as pessoas passassem a acumular água. Em muitos locais houve a redução da vasão da água e rodízio.
Desperdício em foco
Se por um lado a falta desse recurso traz inúmeros transtornos, por outro ainda falta consciência para seu melhor aproveitamento. Um estudo produzido pelo Instituto Brasil revela que o desperdício vai muito além de um problema doméstico, já que muitas vezes a água tratada nem chega ao consumidor final.
De acordo com o material, a cada 10 cidades brasileiras, sete perdem pelo menos 30% de toda a água tratada. Das 100 cidades analisadas, apenas 7 obtiveram perda inferior ou igual a 15% da água faturada. Esse é percentual considerado ideal pelos especialistas da área.
O estudo tomou como base os dados mais recentes do Ministério das Cidades sobre saneamento no Brasil, publicados em 2014. Além dos índices de perda de água faturada, o Instituto analisa um conjunto de indicadores de saneamento para dar notas e fazer um ranking das 100 cidades analisadas.
Acesse aqui a publicação especial sobre a seca
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