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23/04/2008

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Médicos fazem manifesto na Câmara pela aprovação da EC 29

Agência CNM

Em discurso proferido na Câmara, no dia 17 de abril, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos coordenadores da Frente Parlamentar de Saúde, disse que mais de 300 lideranças médicas do Brasil inteiro, vestidos de jaleco branco fizeram uma manifestação na Comissão de Orçamento daquela Casa, em apoio à regulamentação da Emenda 29, que já foi aprovada no Senado Federal.

Perondi, que também é medico disse saber das dificuldades da saúde brasileira. "Da mãe adolescente de 15 anos que não consegue fazer um pré-natal, da mãe que tem um neném de um quilo e não há UTI de recém-nascido e da mulher que descobriu o câncer de mama, cujo tratamento chega 90 dias depois, quando o tumor está quase do tamanho de uma bola de tênis, incurável”, afirmou. Disse que ao lado dos funcionários dos hospitais e dos postos de saúde, os médicos sabem das dificuldades da área. “Nós queremos a regulamentação da Emenda nº 29, para que se consiga melhorar esse estado caótico em que se encontra a Saúde em nosso país”, observou o parlamentar.

Depois, o deputado leu um folheto que os médicos distribuíram aos deputados e funcionários da Câmara, que diz o seguinte:

A saúde pede socorro
Movimento pela valorização do SUS

A epidemia da dengue no Rio de Janeiro é o retrato do caos a que a saúde pública chegou em alguns estados, é a prova de que a saúde não é tratada com prioridade pelos diferentes níveis de Governo. Além da dengue, doenças infecciosas, como a tuberculose e a hanseníase, precisam de enfrentamento sério e comprometimento do Poder Público.

O Brasil tem um dos melhores modelos de assistência do mundo. Fizemos coro junto ao Ministro Temporão por abranger toda a população. Somos um dos países que menos investem em saúde. São gastos apenas 280 dólares por pessoa ao ano, enquanto o Canadá investe 10 vezes mais. A falta de comprometimento e de verbas resulta em uma assistência insuficiente na rede básica, que contribui para os agravos da saúde, para a formação de filas e, conseqüentemente, para a superlotação de hospitais.

Os centros de emergência não têm suas equipes completas. Em razão da não contratação de profissionais, faltam médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem, que recebem baixos salários.

Para lutar contra esse verdadeiro caos, as entidades organizaram um movimento pela valorização do SUS, que vem denunciando publicamente as precárias condições de assistência à população e a péssima remuneração dos médicos e demais profissionais de saúde, que é um direito de todos. Façam valer esse direito, juntem-se a nós, protestem, manifestem o seu apoio, da AMB, Associação Paulista, Conselho Federal, FENAM.”

 

Com informações da assessoria do Deputado

 


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