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05/04/2012
Município do interior baiano se preocupa com aumento da violência
O aumento da violência em Simões Filho no interior da Bahia tem assustado a comunidade com 110 mil habitantes. O prefeito, Jose Eduardo Mendonça, demonstra preocupação e afirma que precisa do apoio do Estado e da União para combater o problema. “Estamos tentando buscar apoio federal e estadual”, explica o gestor.
Para Mendonça muitos dos homicídios praticados na região acabam sendo “desovados” em Simões Filho. Com uma média de homicídios de 146,4 por 100 mil habitantes nos últimos três anos, o Município está entre as mais violentas do país. Homicídio é causa da morte de quase 40% dos jovens e Mendonça afirma que o problema não é só do Município, pois o Estado todo sofre com o aumento da violência e do tráfico.
Simões Filho está cercado por pólos industriais, abriga parte do Complexo Industrial de Aratu (CIA), composto por mais de 140 empresas. “Nossa cidade não teve a estrutura para absorver um número tão grande de pessoas em tão pouco tempo e o fato de grandes empresas investirem na região não significa necessariamente novos postos de trabalho”, afirma o prefeito.
Nos últimos 20 anos, a cidade teve acréscimo de mais de 40 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Simões Filho é um desses Municípios em que a implantação de indústrias atraiu muita gente”, explica Mendonça.
Estado em perigo
A União dos Municípios da Bahia (UPB), já recebeu o relato de dezenas de gestores que estão preocupados com a precária segurança pública dos Municípios baianos. Em 2010 segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado foram 2.760 casos de tráfico de drogas. A vice-presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria afirma que a maior preocupação e os piores problemas são o tráfico de drogas e os casos de assaltos.
Aumento da violência no país
Cerca de um milhão de pessoas morreram vítimas de homicídios no país nos últimos 30 anos, segundo o Mapa da Violência. As mortes violentas passaram de 13.910 casos registrados em 1980 para 49.932 em 2010, um aumento de 259% e que equivale a cerca de 4,4% de crescimento anual.