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04/07/2017

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Municípios devem ficar atentos aos adoecimentos típicos do inverno

04072017 Frio EBCEm parte do país, a chegada do inverno tem como características períodos chuvosos, umidade, temperaturas baixas, além das amplitudes térmicas ao longo do dia. De modo geral, esse cenário está associado ao aparecimento das chamadas doenças do inverno, que devem ser motivo de alerta e monitoramento, especialmente para quem já tem doenças respiratórias crônicas.

Diante disso, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que os serviços de Saúde municipais devem alertar e atentar para os cuidados necessários nesta época do ano. Entre as estratégias que podem ser utilizadas para conversar e instruir os usuários acolhidos na Saúde estão:
   • lavar as roupas que ficaram guardadas por meses, reduzindo o contato com ácaros;
   • evitar ambientes fechados e com ventilação reduzida, como forma de evitar a transmissão dos agentes como vírus e bacilos;
   • lavar as mãos frequentemente durante todo o dia;
   • beber bastante água, mesmo sem sentir sede;
   • tossir no punho e no dorso, para evitar repassar agentes contaminadores pelo contato com as mãos; e
   • evitar o contato de crianças sadias com pessoas com infecção respiratória.

Além disso, a imunização de grupos mais vulneráveis a doenças respiratórias – como bebês, crianças, grávidas e idosos – é decisiva. A vacina é eficaz e efetiva. A vacinação deve ser obrigatória em pacientes com asma, doenças cardiopulmonares crônicas, doenças renais, doenças que necessitam de uso contínuo de aspirina ou imunodeficiência.

A vacina da gripe tem como objetivo imunizar contra a infecção de um determinado tipo de vírus, o Influenza, infecção das vias aéreas superiores com maior repercussão clínica. No entanto, existem vários sorotipos. Só a gripe tem três tipos. Por isso, todos os anos a Organização Mundial de Saúde (OMS) descobre o vírus que está circulando e elabora a vacina para proteger a população.

Estratégias de atuação
A CNM também aponta a integração da Atenção Básica e Vigilância em Saúde como forma de combate às doenças típicas do inverno. As práticas devem estar presentes no dia a dia das Equipes da Atenção Básica de Saúde (ABS), como, por exemplo:

1) Imunização
- Vacinação rotineira da população adscrita;
- Bloqueios vacinais em casos necessários;
- Campanhas vacinais.

2) Controle
- Diagnóstico, notificação e tratamento de agravos de interesse da Vigilância em Saúde: Tuberculose (TB), hanseníase, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), doenças vetoriais;
- Monitoramento dos indicadores de internações por condições sensíveis à atenção primária, com recorte para os grupos 6, 7, 8 e 9, associadas ao período do inverno.

3) Vigilância Ambiental
- Olhar sobre o saneamento básico
- Olhar sobre a contaminação do ambiente;
- Olhar sobre a presença de vetores.

4) Promoção à Saúde
- Capacitação: sistema de informação, digitadores e vacinadores;
- Realização de mapas de áreas de risco sujeitos a baixa cobertura;
- Supervisões sistemáticas as unidades vacinadoras com revisão dos registros, análise dos dados registrados na unidade;
- Cadastro mais fidedigno da pop adstrita para possível redefinição de denominador. Pop usada para definição metas é diferente da local existente. Estimativa IBGE para nv, maior do que o real existente;
- Desenvolvimento de Oficinas distritais ou locais;
- Monitoramento e avaliação integrados – AB e imunização

Doenças respiratórias
São aquelas que atingem órgãos do sistema respiratórios – pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, bronquíolos e alvéolos pulmonares. As enfermidades do sistema respiratório com maior frequência são: bronquite, rinite, sinusite, asma, gripe, resfriado, faringite, enfisema pulmonar, câncer de pulmão, tuberculose e pneumonia.

Os números mostram como são importantes o combate e o monitoramento das doenças respiratórias. Segundo registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), as doenças respiratórias representam, em conjunto, as principais causas de internação no Brasil, excetuando-se as causas ligadas à gestação, parto e puerpério, com mais de um milhão de casos por ano.

Destaca-se, ainda, que as pneumonias são consideradas como a quarta maior causa de óbito no país, com exceção das mortes traumáticas, violentas. De acordo com dados do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) do Hospital Samaritano de São Paulo, ocorreram 1.645 internações decorrentes de doenças respiratórias no ano de 2005 neste hospital, com maior incidência nas estações de outono e inverno.


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