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12/02/2019
Municípios confirmam apoio a interiorização mais humana de venezuelanos
Durante a reunião do Conselho Político da Confederação Nacional de Municípios (CNM), na manhã desta terça-feira, 12 de fevereiro, as lideranças do movimento municipalista brasileiro ratificaram apoio ao governo federal para a ação de interiorização mais humana dos migrantes venezuelanos ao Brasil.
A subchefe-adjunta de Políticas Sociais, Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República, Maria do Socorro Tabosa, apresentou o cenário da onda migratória que se configurou no estado de Roraima, oriunda da Venezuela, e explanou sobre a importância do apoio dos Municípios de todo país para acolher essas pessoas. “Os venezuelanos buscaram o Brasil pedindo ajuda e socorro. O governo federal, desde a gestão do presidente Temer, entendeu que não poderia deixar essas pessoas morrerem na fronteira”, relembrou.
Maria do Socorro também destacou que a maior parcela dos migrantes venezuelanos são pessoas com alta capacidade produtiva e que podem contribuir sobremaneira para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Brasil. “São empreendedores, juízes, militares, professores... Só precisam de um incentivo. Não ficam e não querem ficar tutelados pelo Estado. Querem trabalhar e refazer suas vidas. E têm uma garra incrível”, acentuou.
O presidente da CNM, Glademir Aroldi, conclamou os presidentes das entidades estaduais a sensibilizaram os prefeitos de suas regiões para se unirem a esse esforço humanitário. “A gente não pode dar as costas para essas pessoas. Passamos por esta existência por algum motivo. Quem sabe um desses motivos não seja acolher pessoas. Mais e mais prefeitos vêm se somando a esse esforço. O governo federal pode contar conosco. Vamos ajudar. A nossa missão é melhorar o Brasil, e isso passa por melhorar a vida das pessoas, inclusive nessa situação de migração”, asseverou Aroldi. “[Maria do Socorro], transmita ao ministro Onyx [Casa Civil] que somos parceiros sim”, garantiu o presidente da CNM.
O fluxo migratório de venezuelanos é a maior crise humanitária da história da América Latina e Caribe. O Brasil é o quinto destino dessa população que, em primeiro lugar, tenta buscar países de idioma hispânico e cultura semelhante à Venezuela. Vale lembrar que o governo federal está levantando os benefícios interministeriais para apoiar os Municípios que, voluntariamente, acolherem esses migrantes.
Também participaram desse momento do Conselho Político da CNM o presidente da Associação dos Municípios de Roraima e prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado; o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados do Brasil (Acnur), Paulo Almeida; o representante regional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Rafael Franzini (representando coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, do Niky Fabiancic); a assistente do projeto da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Débora Castiglione; e o líder da Missão Paz, padre Pablo Parise (a entidade é ligada à Igreja Católica, mas recebe apoio de igrejas protestantes).
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Por: Luiz Philipe Leite
Foto: Agência Lar/CNM
Da Agência CNM de Notícias